Interdição do presídio: Plantão da Polícia Civil de Poços é transferido provisoriamente para Andradas
Por conta da determinação da Justiça que interditou parcialmente o presídio de Poços de Caldas na última quarta-feira, 24, a unidade prisional não pode receber mais nenhum preso por conta da superlotação.
A medida tem causado algumas conseqüências como, por exemplo, a transferência provisória do plantão da Regional da Polícia Civil de Poços de Caldas para o município de Andradas, uma vez que lá o presídio está funcionando normalmente.
A decisão foi tomada, pois a Delegacia Regional de Poços de Caldas não tem as mínimas condições de infraestrutura para a permanência de presos nas duas celas provisórias até que a formalização da prisão seja concluída, ou seja, a permanência de um preso dura de 3 até 4 horas somente.
Cada cela tem capacidade para 2 detentos. As instalações não têm cama, banheiro e a Polícia Civil não tem condições de fornecer alimentação e água para os presos que por ventura ficarem além do tempo necessário para formalizar a prisão.
Outro fator que fez com que o plantão fosse transferido para Andradas foi para evitar que os poucos policiais lotados na regional ficassem fazendo a guarda de presos uma vez que não podem ser recebidos pelo presídio local.
Com a transferência do plantão os presos de Poços terão de ser levados pela Polícia Militar para o município vizinho.
O presídio de Poços de Caldas foi interditado parcialmente pela segunda vez nos últimos 5 anos, depois que a população carcerária chegou a 303 presos, número quase 3 vezes maior que a capacidade máxima prevista, 118 detentos.
Na primeira vez a medida foi tomada depois de um motim em junho de 2014 que resultou na morte de um detento que inalou fumaça após um incêndio dentro da unidade. Um outro detento foi baleado na perna pelos agentes penitenciários que tentavam conter o princípio de rebelião. Na época a cadeia estava com 280 presos e a Justiça limitou o número para 150.
