Mãe e padrasto acusados de matar a menina Ana Lívia serão julgados nesta quinta-feira
O casal Christopher Anthony Tavares Coelho e Letícia Lopes Fonseca, padrasto e mãe de Ana Lívia Lopes da Silva, de três anos, morta em junho de 2018 está sendo julgados nesta quinta-feira, 4, durante júri popular que acontece no Cenacon.
Mãe e padrasto foram presos na época devido às circunstância que levaram a morte da menina. A investigação da Polícia Civil concluiu que a criança morreu depois de ter sido espancada pelo padrasto e a mãe teria omitido socorro à própria filha. A morte de Ana Lívia causou uma grande comoção e revolta na população.
O julgamento teve início às 07h30 e devido as medidas preventivas contra a Covid-19 não acontece no Fórum na área central e sim no Cenacon, localizado na Avenida Vereador Edmundo Cardillo. Não foi permitida entrada da imprensa no interior do centro de eventos para acompanhar o julgamento.
O júri será presidido pelo Juiz da 2ª Vara Criminal e da Infância e Juventude, José Henrique Mallmann. Os réus serão ouvidos primeiro. Letícia será defendida pelos advogados Karla Felisberto dos Reis, Fabiana de Cássia Almeida e Lucas Flausino. Já o padrasto será defendido pelo defensor público Adhemar Della Torre.
A acusação será feita pelas promotoras Luz Maria Romanelli Castro e Daniela Vieira de Almeida Trevisan.
Em seguida será a vez das testemunhas de acusação, entre elas a delegada Maria Cecília Gomes Flora, que presidiu o inquérito na época da morte da criança e indiciou o casal por homicídio e crimes de maus tratos, uma vez que as agressões à vítima aconteceram dias antes da morte de Ana Lívia. Ao todo serão 5 testemunhas.
Logo depois será a vez das testemunhas de defesa do casal, totalizando 11 pessoas. A expectativa é de que o julgamento termine ainda nesta quinta-feira.
O crime
Durante as investigações a Polícia Civil apurou que a criança foi espancada pelo padrasto de manhã por ter feito xixi na cama. A mãe passou o dia com a criança e não prestou socorro.
Somente na parte da tarde que a irmã do acusado encontrou Ana Lívia desacordada, com dificuldades para respirar e com vários hematomas pelo corpo, a levou para o hospital.
Letícia foi presa na porta do hospital que ficava a 100 metros da casa dela e o padrasto foi encontrado em casa.
Mensagens recuperadas nos celulares dos acusados durante a investigação levaram a conclusão de que a menina era agredida pelo padrasto e a mãe não a defendia.