Dia Mundial do Diabetes: especialista alerta sobre a importância da prevenção e do controle da doença
Dados da décima edição do Atlas do Diabetes, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), mostram que 537 milhões de pessoas, entre 20 e 79 anos de idade, têm diabetes no mundo – uma alta de 16% em dois anos.
E os especialistas da Federação estimam que o número de adultos com a doença pode chegar a 643 milhões, em 2030, e a 784 milhões, em 2045. No Brasil, o número de pessoas com diabetes já atingia 16,8 milhões, até 2019.
Como estamos às vésperas de comemorar o Dia Mundial do Diabetes – 14 de novembro -, criado pela Federação Internacional de Diabetes e a OMS (Organização Mundial de Saúde), com o objetivo de conscientizar o mundo sobre os problemas associados à doença, é um momento de refletir sobre esta doença, que pode ser prevenida e controlada. “O diabetes já é considerado uma epidemia, pelo número de casos cada vez mais crescente no mundo”, explica o médico Júlio César Salles, endocrinologista e coordenador do Grupo de Diabetes do Programa Viver Bem da Unimed Poços. “O número de pessoas diagnosticadas com diabetes quadruplicou nos últimos 40 anos e o Brasil já é o quarto país com maior incidência da doença”.
O diabetes é uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas, mas causa muitas complicações. “Se não for bem cuidada, desde o início, pode causar perda da visão, problemas renais, levando o paciente à hemodiálise, doenças cardiovasculares, como infartos e insuficiência cardíaca, AVC (derrame),e neuropatias – dor e formigamento nas mãos e nos pés, perda de sensibilidade, com consequentes úlceras e infecções, podendo levar a amputações”, explica o médico.
Júlio César destaca que, hoje, é muito mais fácil controlar a doença. “Até 20 anos atrás, tínhamos apenas três medicações para o diabetes; hoje temos várias medicações, que são receitadas, de acordo com cada tipo de paciente, apenas uma ou uma combinação de medicamentos”.
O tratamento não é feito apenas com remédios. É necessário o paciente adotar um estilo de vida mais saudável, perder peso, ter uma alimentação correta e praticar atividade física. “Essa é a mesma receita para prevenir o diabetes”, destaca o endocrinologista. “Além do fator hereditário – pais ou irmãos diabéticos – as pessoas que têm maior chance de desenvolver a doença são aquelas com mais de 40 anos, que estão acima do peso e não praticam atividade física. O primeiro fator não tem como mudar, mas os demais podem ser alterados para prevenir a doença”.
Ambulatório do Pé Diabético
Uma das complicações mais temidas do diabetes é o “pé diabético”. “O descontrole do açúcar no sangue, a pressão arterial e o nível de colesterol elevados podem lesionar os nervos do pé e o paciente começa a sentir formigamento, choque e pontada. Se essa neuropatia não for tratada logo, pode evoluir para perda de sensibilidade e, sem sentir, o paciente pode machucar o pé,ter a ferida infeccionada, podendo levar à amputação do dedo, do pé e até da perna, se não cuidada a tempo
“Cinquenta por cento dos diabéticos já tem um certo grau de neuropatia e desses, apenas50% tem sintomas”, explica o endocrinologista“Nós não podemos esperaro paciente se queixar de dor ou formigamento; devemos examiná-lo com frequência, como fazemos no Ambulatório do Pé Diabético do Programa Viver Bem da Unimed Poços. Pelo menos, uma vez por ano, todos os nossos pacientes diabéticos fazem exames dos pés e essa prática tem garantido excelentes resultados. Nos últimos três anos, não tivemos nenhum caso mais grave ou de amputação entre os nossos pacientes”.
Saiba mais sobre o Grupo de Diabetes do Programa Viver Bem da Unimed Poços, acessando o Portal da Cooperativa: Ambulatório de Prevenção do Pé Diabético – Unimed Poços de Caldas