Cabine literária é entregue à população
A antiga cabine telefônica da Rua São Paulo foi entregue à população poços-caldense com um novo visual e proposta. Ela foi revitalizada e transformada em uma cabine literária com uma minibiblioteca. A ideia surgiu após uma sugestão feita pelo professor e escritor Hugo Pontes, que assim como muitos apaixonados pela cultura ficou incomodado com o estado em que se encontrava a cabine telefônica que foi desativada pela empresa que executa o serviço de telefonia pública no estado.
Por meio da Secretaria Municipal de Cultura no ano passado, a ideia criou força com a aprovação da lei 9.037/2015 que criou o Sistema Municipal de Cultura e que tratava também da expansão de pontos de cultura e de leitura na cidade.
O professor Hugo foi um dos presentes à solenidade de entrega, realizada na tarde de sexta-feira, dia 18. Para ele um momento de muita alegria em ver que o espaço será bem aproveitado e vai ajudar a difundir ainda mais a cultura pela cidade. “Fico satisfeito por que alguém encampou a ideia, o fato de ter livros e a gente poder acostumar as pessoas a vir aqui e pegar livro, levar para casa ler e voltar é um grande é um grande ganho,” destacou o professor.
A revitalização a cabine custou cerca de R$ 8 mil reais e foi feito por meio de um processo licitatório. A cabine vai funcionar de segunda à sexta-feira das 9h às 18h e conta com exemplares para todas as idades, além de jornais diários da cidade para que as pessoas possam se informar totalmente de graça. A cabine ainda conta com uma tomada para quem for ler algum livro e precisar carregar o celular.
“A cabine é a democratização ao acesso da leitura e cultura dentro da nossa política, dentro do nosso sistema municipal de cultura,” destacou o Secretário Municipal de Cultural, João Alexandre Moura.
A entrega da cabine contou com a intervenção cultural do Coletivo Esquina e trouxe um novo aspecto para a Rua São Paulo, uma das vias que foram contempladas com o projeto Centro Vivo e que recebe uma quantidade grande de pessoas ao longo do dia e costumam lanchar ou almoçar nas mesas colocadas na calçada em frente aos restaurantes e lanchonetes existentes ali.
Para a hoteleira que tem um estabelecimento em frente a cabine e também presidente do Sindicato dos hotéis de Poços de Caldas, Regina Célia Silva Rossi, a cabine literária passa ser mais uma atração da rua que hoje já conta com alguns bancos dos próprios estabelecimentos. “Nada melhor do que poder se sentar à sombra destas árvores e ler um livro. A cabine vai servir não só os moradores de Poços bem como os turistas que nos visitam e ficam hospedados nos hotéis ao longo da rua”, lembrou Regina Célia.
A preocupação da hoteleira, bem como do professor Hugo Pontes e do Secretário de Cultura, João Alexandre é apenas como o vandalismo. Eles esperam que a população possa entender que a cabine é um bem cultural de todos e todos devem cuidar com carinho deste patrimônio.
