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Caso Aghata: tapeceiro é indiciado por homicídio triplamente qualificado

A Polícia Civil de Poços de Caldas concluiu o inquérito que investiga a morte da adolescente Aghata Nalim Soares Brito, de apenas 13 anos de idade. O principal suspeito pela morte da menina, o tapeceiro Ubirajara Aparecido Machado Silva Moura, de 61 anos, continua foragido. Moura foi indiciado pelo crime de homicídio triplamente qualificado.

Delegado Hernnani Peres Vaz falou com a imprensa sobre as investigações – foto Virando TV

Na manhã desta segunda-feira, 9, o delegado responsável pelo caso e titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher – DEAM, Hernanni Peres Vaz falou com a imprensa durante uma entrevista coletiva a respeito das investigações.

De acordo com o delegado, o tapeceiro teria premeditado o crime, uma vez que na semana que antecedeu o assassinato ele tentou vender alguns bens da tapeçaria, com o objetivo de levantar dinheiro para a fuga. Na véspera do crime ele escreveu uma carta que foi encontrada na oficina, assumindo a autoria do assassinato, pois estava com ciúmes da adolescente, que estava se relacionando com um rapaz e não aceitava o fim do relacionamento dele e a menina. Aghata foi morta no dia 31 de janeiro e o corpo foi encontrado na tarde do dia 3 de fevereiro, em um quarto improvisado.

Segundo o delegado, os exames de necropsia revelaram que o tapeceiro mantinha relações sexuais com a adolescentes e que o ato acontecia já algum tempo. Porém como a vítima tinha apenas 13 anos, o caso foi considerado como estupro de vulnerável.

Os exames também revelaram que Aghata foi assassinada com requintes e crueldade. O tapeceiro usou um pedaço de madeira para atingir o maxilar da vítima e ainda usou uma faca para cortar o pescoço da adolescente. O ferimento com a faca, um corte profundo no pescoço de orelha a orelha, foi apontado como a principal causa da morte, ou seja, ela foi morta por esgorjamento.

A Polícia Civil ainda constatou que o tapeceiro fugiu de Poços de ônibus para São Paulo, como revelam imagens do circuito de segurança do Terminal Rodoviário de Tietê, quando ele desembarcou.

Mesmo foragido, Moura foi indiciado por homicídio doloso triplamente qualificado, levando em consideração o motivo fútil, em que o autor alegou ter agido por ciúmes caracterizando também feminicídio; meio cruel, devido ao requinte de crueldade e ainda por estupro de vulnerável.

De acordo com o delegado durante as investigações foi descartado a possibilidade dos pais de Aghata estarem explorando sexualmente a própria filha, como testemunhas no bairro haviam relatado, devido ao fato da menina trabalhar e ter um relacionamento com o tapeceiro.

Apesar do inquérito estar concluído a Polícia Civil continua realizando buscas na tentativa de prender o tapeceiro.

Relembre o caso

No início da tarde de segunda-feira, dia 3 de fereveiro, a polícia civil de Poços de Caldas localizou o corpo da estudante Aghata Nalim Soares Brito, em um quarto improvisado em uma tapeçaria, localizada na  Rua João Mariussi, no Jardim Contorno, na zona sul da cidade.

Após denúncias de vizinhos sobre um mau cheiro que vinha da tapeçaria, a Polícia Civil arrombou a porta do estabelecimento.

A estudante estava desaparecida desde sexta-feira, 31 de janeiro. No sábado os pais registraram o desaparecimento da filha e a policia iniciou a investigação.

Após a polícia arrombar o local, o corpo da menina estava em um quarto improvisado nos fundos da tapeçaria e apresentava várias perfurações no pescoço.

No local foi apreendida a faca usada no assassinato, um pedaço de madeira sujo de sangue e a carta deixada pelo tapeceiro.

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