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Caso Yago: Polícia Civil vai instaurar inquérito para apurar se houve omissão dos médicos

A Polícia Civil de Andradas vai instaurar um inquérito para apurar a forma que o bebê Yago de apenas 3 meses foi atendido pelos médicos na madrugada da última quarta-feira, 27. A criança morreu vítima de espancamento e o caso só veio à tona depois que o agente funerário desconfiou das lesões no corpinho do bebê e se recusou a preparar a criança para o sepultamento.

Polícia Civil realizou a reconstituição do crime nesta sexta-feira – foto Andradas Hoje Regional

A informação foi dada pelo delegado Fabiano Roberto Mazzarotto, após a reconstituição da morte da criança realizada na tarde desta sexta-feira, 29, no sítio onde a família mora. Somente a mãe, de 19 anos, participou.

De acordo com o delegado as agressões começaram na sala da casa, onde o pai teria jogado o bebê no braço do sofá. Em seguida teria jogado o pequeno Hiago com muita força no berço que o estrado de madeira quebrou.

Segundo Mazzarotto, no imóvel foram encontradas fraldas ensanguentadas. O delegado acredita que as agressões já aconteciam há pelo menos 40 dias, ou seja, quando a criança tinha pouco mais de 1 mês de vida.

O casal está preso desde a última quarta-feira, depois que a necropsia realizada pela equipe do IML de Poços de Caldas, constatou que a criança tinha sido vítima de espancamento.

Entenda o caso:

A morte do bebÊ aconteceu na madrugada desta quarta-feira, 27, em Andradas. Um agente funerário se recusou a preparar o corpo de um bebê de apenas 3 meses de idade para o velório, depois de suspeitar que a criança poderia ter sido vítima de maus tratos. O agente constatou indícios de lesões na cabeça e no tórax do bebê.
A Polícia Militar foi chamada e os pais foram ouvidos.
De acordo com a Polícia Militar, uma equipe do SAMU foi acionada por volta de 1h30 da manhã depois que a mãe da criança, de 19 anos, observou que o filho não estava respirando. A mãe contou aos militares que estranhou o fato da criança não chorar para mamar e foi ver o que estava acontecendo e constatou que o bebê não respirava. Em contato com o SAMU, a mãe foi orientada a fazer massagem cardíaca até a chegada da equipe no sítio onde a família mora. Enquanto isso o pai, de 23 anos, aguardava na estrada pelo socorro.
A criança foi levada imediatamente para o Pronto Socorro, mas não resistiu e morreu. O medido do plantão relatou que não percebeu nenhuma lesão na criança e que ficou sabendo do fato após o contato do agente funerário.
Ao serem questionados sobre os indícios de lesões, os pais contaram que na última quarta-feira, 20, a criança se feriu no momento em que a mãe penteava o cabelo do bebê a ponta do pente quebrou e a garra causou uma pequena lesão na cabeça da criança.
O caso foi levado ao delegado de plantão e o corpo da criança foi levado para o IML de Poços de Caldas para apurar a causa da morte do bebê.

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