Conselho do Idoso propõe que aposentados com renda de 2 salários sejam beneficiados com carteirinha no Restaurante Popular

O corte do subsídio do valor da refeição no Restaurante Popular foi um dos assuntos discutidos durante a reunião do Conselho Municipal do Idoso, realizada na tarde desta terça-feira, 13, na Casa dos Conselhos. O órgão vai propor ao prefeito Sérgio Azevedo que o valor de R$ 2,00, que passará a ser pago somente pelas pessoas cadastradas no CadÚnico com renda de até um salário mínimo, seja estendido também para quem recebe até dois salários.

De acordo com o presidente do Conselho Municipal do Idoso, Paulo Danilo Vieira, a medida afeta não somente os aposentados bem como os trabalhadores que usufruem do Restaurante Popular que ganham até dois salários. Com o corte do subsídio a partir do dia 1º de dezembro quem não tem o cadastro no Bolsa Família vai pagar o valor integral da refeição que é de R$ 5,50. “Estamos propondo ao prefeito que reveja a decisão, pois todos os benefícios elencados no Estatuto do Idoso são a partir de dois salários mínimos, seja a gratuidade do transporte público, transporte interestadual ou acesso à Justiça gratuita. Tem aposentado que utiliza do restaurante e recebe mais de um salário mínimo. Queremos que a carteirinha que dá direito à refeição no valor de R$ 2,00 seja distribuída também para os aposentados e todo o trabalhador com renda de até dois salários mínimos,” destacou Vieira.

A proposta foi feita diretamente para o vice-presidente da Câmara Municipal, Lucas Arruda (REDE), que participou da reunião do Conselho do Idoso. O presidente do Conselho está oficializando a proposta ao gabinete do vereador, que vai intermediar o pedido junto ao Executivo.  “O Conselho Municipal do Idoso é um órgão consultivo e deliberativo, mas podemos propor políticas públicas, seja para Câmara ou para a Prefeitura. Neste caso, muita gente vai ser prejudicada com o corte do subsídio, até porque nem toda família inscrita no CadÚnico almoça no Restaurante Popular e não podemos nos omitir. Elevar o valor é uma forma de política pública”, finaliza Vieira.