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Cortes de árvores: Secretário e engenheiro florestal dão esclarecimentos na Câmara

Os cortes de árvores ao longo da Avenida João Pinheiro em Poços de Caldas será tema de discussão durante a sessão da Câmara Municipal desta terça-feira, 4. O secretário municipal de Serviços Públicos, Celso Donato e o engenheiro florestal Carlos Alberto Penteado Battesini. Estarão presentes. Os dois foram convocados por meio de um requerimento do vereador Tiago Braz.

De acordo com a Secretaria de Serviços Públicos, os cortes fazem parte do projeto de revitalização – foto arquivo Poçoscom.com

Os cortes de árvores têm sido alvo de polêmica na cidade, desde o início do projeto de revitalização da avenida, em janeiro deste ano.

De acordo com a Prefeitura o projeto visa a supressão das árvores inadequadas e em breve começarão os plantios conforme o projeto.

A primeira fase compreende o trecho da Avenida João Pinheiro no sentido centro-bairro, desde a Urca até a ponte que dá acesso ao bairro Country Club II, na zona oeste da cidade.

O assunto tem divido opiniões entre a população e já foi tema de discussão na Câmara Municipal.

Em resposta a um requerimento do vereador Claudiney Marques, a Secretaria de Serviços Públicos, responsável pelo projeto de revitalização apresentou laudos assinados pelo engenheiro florestal da Prefeitura, responsável e idealizador do projeto, Carlos Batezzini, que apontam a necessidade da substituição de algumas espécies.

No documento apresentado consta um inventário de 352 árvores plantadas ao longo da avenida João Pinheiro e Mansur Frayha, a maioria de espécies de grande porte, exóticas e inadequadas para o paisagismo urbano.

Além disso, os laudos atestam que as árvores apresentam risco de queda, como ocorreu no ano passado, atingindo veículos que trafegavam pela pista. “Constatamos que algumas espécies estão em conflito com a estrutura do monotrilho, com as calçadas e a própria pista. As árvores de grande porte, cresceram fugindo da estrutura do monotrilho e inclinaram no sentido da via, além disso as raízes comprimidas pelo concreto e asfalto acabaram subindo à superfície, danificando o piso. Hoje temos situação de desiquilíbrio dos troncos e enfraquecimento das raízes, com risco de queda a qualquer momento,” explicou o engenheiro florestal.

Ainda segundo o engenheiro florestal, das 352 árvores catalogadas, pelo menos 88 se encontram nesta situação, sendo necessária a supressão ou dependendo da espécie, existe a possibilidade de serem transplantadas em áreas adequadas, como ocorreu com as 24 árvores da espécie “Platanus” retiradas da Alameda do Lanche e levadas para o Parque Ecológico Municipal.

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