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COVID-19: Sindserv oficia prefeitura sobre falta de suprimentos e EPIs na UPA

Depois de receber denúncias e conferir in loco a situação que os trabalhadores enfrentam na Unidade de Pronto Atendimento – UPA, a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos de Poços de Caldas – Sindserv enviou um ofício à prefeitura solicitando que providências sejam tomadas no sentido de promover o mínimo de segurança, tanto dos servidores que atuam na linha de frente em meio a uma pandemia, quanto da população que precisa de atendimento.

A diretoria do Sindserv este na UPA para verificar as denúncias

Em visita realizada dia 17 de dezembro, a diretoria do Sindserv constatou que não há área isolada para atendimento a pacientes com sintomas de Covid-19. Eles são atendidos e circulam entre demais pacientes nos consultórios ou durante a realização de exames. Somente mais tarde são encaminhados para isolamento ou hospitais.

Além disso, segundo a presidente do Sindserv Marieta Carneiro, funcionários relataram que não há descarte apropriado para agulhas e seringas, que estão sendo depositadas em embalagens plásticas provenientes de produtos de limpeza, improvisadas para a finalidade de descarte de lixo hospitalar.

Já no espaço onde os pacientes recebem a medicação, há um buraco no teto e um balde é usado para acondicionar a água que escorre da tubulação danificada. Neste mesmo local, apenas três cadeiras, em mal estado de conservação, estão aptas a receber pacientes durante a medicação. Do lado de fora da UPA, outras 13 poltronas danificadas estão expostas ao tempo, à espera de reparo.

Outro problema observado e relatado por servidores é a falta de medicamentos essenciais, de álcool líquido e de equipamentos de proteção individual – EPIs. Em alguns banheiros, foi observada falta de papel toalha e sabonete líquido. Há ainda problemas como vazamentos e falta de registros em torneiras ou válvula de descarga. Na área de internação, faltam cobertores para os pacientes.

Já na área de limpeza, foi diagnosticado falta de luvas descartáveis de tamanho apropriado (M ou G), aventais, sacos de lixo, máscaras. “Inclusive, alguns servidores contam que compram com recursos próprios os EPIs a fim de se protegerem de contaminação”, encerra Marieta.

O ofício do Sindserv foi enviado dia 21 de dezembro ao prefeito Sérgio Azevedo, com cópia para o secretário de Saúde Carlos Mosconi, ao secretário de governo Celso Donato e à secretária de Administração Ana Alice de Souza. Segundo o Sindserv até a data desta publicação o sindicato não teve retorno da administração.

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