CulturaDiversosOpiniãoRoberto Tereziano

Curiosidades reveladas em certos sobrenomes

A grande maioria defensora do neonazismo, especialmente no Brasil, os chamados “Neonazistas” nada sabem dos “Cristãos Novos.” Exibe com orgulho seus sobrenomes formados por nomes de animais, vegetais, ou lugares, sem saber que seus antepassados chegaram ao Brasil, marranos ou sefardinos, portanto; Judeus.

 Vieram de Portugal ou Espanha fugindo da inquisição. Filhos e netos  apenas pensam que são descendentes de europeus, ignoram suas descendências judaicas. Muitos dos judeus Já traziam sobrenomes falsos ou adotaram aqui, outros sobrenomes para tentar escapar da perseguição religiosa, especialmente existente em Portugal e Espanha, países fanaticamente cristãos e  com grande experiência de extermínio em massa. São lugares em que viviam e vivem de uma tradição católica e não o sê-lo possibilitava severas punições que chegavam até a morte nas chamadas fogueiras santas.

Nunes, Rodrigues, Henriques, Mendes, Costa, Cardoso, Silva, Fonseca, Miranda, Fernandes, Valle, Azevedo, Barros Ximenes, Alvares, Paredes, Lopes, Furtado, Bastos, Avelar, Amorim, Belmonte, Campos, Carneiro, Carvalho, Crespo, Cruz, Franco, Guerrero, Gonçalves, Dias, Lemos, Lopes, Lombroso, Louzada, Mascarenhas, Machado, Martins, são alguns dos que estão na lista. Isto não quer dizer que todas as famílias com tais sobrenomes sejam de “Cristãos Novos”, mas, na sua maioria o são. Como se sabe, basta que a mãe seja judia, para que o filho seja também um “marrano ou Sefardino.”

 Outros, Souza, Monteiro, e milhares de brasileiros, com ou sem sobrenomes especiais, tem suas descendências ou origens em África, especialmente Benin, Congo, Angola, ou regiões sudanesas, e mesmo sendo pessoas de pele branca, não importa, são de descendência africana. Com os indígenas a lista de descendentes é também gigantesca, mesmo tendo os jesuítas e escravocratas obrigando que  muitos índios, e negros africanos, abandonassem seus nomes e sobrenomes verdadeiros, eles ai estão, principalmente os indígenas.

 Somos índios, negros, judeus,  e bem poucos, realmente portugueses, ou de outras descendências. Só mais recentemente chegaram os alemães, os asiáticos, e uns poucos realmente holandeses. Não é diferente em cidades fundadas por holandeses, tipo Olinda, Pernambuco,  pois mesmo lá, grande parte dos que vieram da Holanda era também de judeus, como o próprio governador Mauricio de Nassau.

 Na região do Seridó, por exemplo, grande parte das principais famílias que pensa ter descendência portuguesa é formada por judeus, Medeiros é uma delas.

 Cristovam Colombo, embora, aparentemente, seja Espanhol, se descobre que era judeu, mas se escondera em outra nacionalidade para se salvar da perseguição. Talvez esteja aí a explicação para que ele tenha terminado a vida preso em Valladolid, sem nem saber oficialmente que havia descoberto o mundo novo, ou o porquê de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, se realmente foi enforcado, tenha sido o único condenado. Ele era descendente de judeus  e Portugal bem o sabia. Sua avó era do grupo de judeus que fugiram de Portugal para o Brasil. Chamava-se Catarina Xavier Colaço, que no Brasil retirou o ultimo sobrenome, ficando apenas Xavier. Como parte da sentença, depois da morte de Tiradentes seu sítio foi todo salgado como aconteceu com Jerusalém no ano 70 depois de Cristo.  Tal ação mais  me parece com maldição religiosa e não política.

Foi toda essa mistura vivendo “aparentemente” harmônica que fez com que o escritor e pacifista austríaco Stefan Zweig que viveu e morreu em Petrópolis, sonhasse que nosso modo de convivência “harmônica,” mesmo com toda diversidade, seria o modelo para o mundo, quando em 1942, vendo os avanços do nazismo mundo a fora, escrevera o livro “Brasil, o País do Futuro.”

Preconceito, especialmente racial, não deveria existir, pois a ciência mostra que somos todos uma única raça, ou seja; A raça humana, cuja origem está na mesma matriz genética igualmente frágil a um vírus qualquer.

 Portanto, preconceitos de qualquer espécie como estamos vendo agora mais acirrados, são pura ignorância e hipocrisia, e se tem um povo que não pode nem sequer pensar em tal deplorável comportamento, chama-se POVO BRASILEIRO.

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