NotíciasSaúdeUtilidade pública

Distanciamento social ainda é a medida mais segura para evitar a covid-19

A identificação de aumento significativo da movimentação após a data comemorativa do dia das mães preocupa a Secretaria de Estado de SAúde. Em coletiva virtual realizada nesta segunda-feira,11, os secretários Carlos Eduardo Amaral (titular) e Marcelo Cabral (adjunto) voltaram a afirmar que o isolamento e o distanciamento social continuam a ser as medidas mais eficazes para evitar a contaminação pelo coronavírus. 7

Secretário também descartou a possibilidade de implementação de lockdown – foto Pedro Contijo/ Imprensa-MG

Segundo Amaral, é fundamental que os mineiros entendam que ainda é importante e necessário o afastamento. “Sabemos que isso gera estresse, dificuldades na sociedade, mas também é, de longe, a melhor medida para evitarmos a sobrecarga na saúde”, reforça. 

Atualmente, conforme o secretário, Minas está com 3.320 casos confirmados de covid-19, 132 óbitos em investigação, 518 óbitos descartados e 121 mortes confirmadas para a doença.

“Temos tido progressivamente um número de óbitos confirmados, mas ainda não temos tido uma sobrecarga significativa dos serviços de saúde no Estado, o que, para nós, é o mais importante nesse momento. Ou seja, ainda temos leitos e estamos conseguindo internar as pessoas que têm a doença e ficaram graves. Esse é o objetivo principal de todas as medidas e todos os cuidados que estamos tendo”, sinalizou.

Como forma de os municípios contarem com orientações técnicas e seguras sobre o distanciamento, Carlos Eduardo Amaral enfatizou a importância da adesão das prefeituras aos protocolos propostos pelo programa Minas Consciente. “Há uma grande manifestação de interesse por vários municípios”, destacou o secretário, lembrando, no entanto, que para haver a adesão de fato é necessária formalização junto ao Estado. “Estamos com uma parceria com a Associação Mineira de Municípios (AMM) para que todos os municípios sejam orientados das vantagens e da necessidade de adesão. Inclusive, o Ministério Público também tem procurado os municípios para orientá-los”, disse.

Sobre a possibilidade de implementação de lockdown para evitar o trafego intermunicipal e interestadual, o secretário adjunto Marcelo Cabral pontuou que, no momento, o estado não identifica a necessidade desse tipo de medida. O que não quer dizer, acrescentou Cabral, que a estratégia não possa ser adotada se dados epidemiológicos, assistenciais, critérios e evidências científicas assim o indicarem.  “Em Minas, as duas deliberações estabelecidas que tratam do isolamento apresentam as regras para que, caso queiram, os municípios façam a adesão a esse protocolo”, afirmou. Se medidas mais restritivas tiverem de ser adotadas, completou o secretário adjunto, isso será feito “de modo público e sempre articulado com os demais municípios”.

Pico de casos

Em relação ao pico da infecção pelo vírus no estado, o Carlos Eduardo Amaral explicou como tem sido realizado o acompanhamento da epidemia para as tomadas de decisões. “Efetivamente, o que nos mostra como está a epidemia e qual significado dela no sistema de saúde é a avaliação da ocupação de leitos e a sobrecarga do sistema de saúde. Essa avaliação é, de longe, o mais importante, pois é o que tentamos evitar e poder dar atendimento e cuidado a todos os mineiros que necessitarem”, explicou.

Outro marcador, segundo Amaral, é o acompanhamento do número de mortes. “Isso é importante para que tenhamos a ideia de quantas vítimas fatais estamos tendo nessa epidemia. Lembrando que todos os óbitos são testados, o que provoca uma demora na confirmação dos casos, principalmente quando os óbitos são de pessoas que ficaram por internações longas ou por diagnósticos variados. Temos que ter esse tratamento com muito cuidado e atenção, para que se evite a notificação ou informação incorreta”, disse.

A previsão do pico de contaminação da doença é atualizada semanalmente e é baseada em como foi o comportamento das notificações dos casos na semana anterior. Por conta disso, a projeção para essa semana, segundo o secretário, é de que o pico ocorra em 8/6 e com o número de internações inferior a três mil casos. “Temos que ter uma ideia clara de que a projeção não é estática”, esclareceu Amaral. “Tudo que acontecer nessas semanas que estão por vir pode implicar na mudança inclusive dos resultados. Todos os trabalhos que fazemos, orientando o isolamento, distanciamento, uso de máscara e outros cuidados, têm o objetivo de evitar o pico. Isso, sim, é o mais importante para nós”, concluiu

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site está protegido. Para compartilhar esse conteúdo, por favor utilize as ferramentas de compartilhamento da página.

error: Este site está protegido.