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Educadores, trabalhadores em educação e pais se posicionam contrários sobre o retorno das aulas presenciais

Os educadores, trabalhadores em educação, pais, sindicatos, coletivos e movimentos sociais se manifestaram contrários ao retorno das aulas presenciais em Poços de Caldas se antecipando a autorização por parte do Governo de Minas Gerais.

As aulas presenciais estão suspensas no município desde o mês de março – foto Poçoscom.com

Esta semana uma carta aberta foi enviada ao Comitê Extraordinário da Covid-19 e também ao prefeito Sérgio Azevedo para que se sensibilize com a preocupação e aos argumentos apresentados no documento.

Para os integrantes do Coletivo Educação a proposta de retorno das aulas presenciais não demonstra a preocupação com as precauções necessárias para preservar a vida e nem com a qualidade da educação, mas com as atividades econômicas e com o lucro.

Segundo trecho da carta aberta, o Governo do Estado de Minas Gerais não considera a opinião da sociedade, da comunidade escolar e da maioria dos prefeitos que se demonstraram contrários ao retorno das escolas, nesse período pandêmico.

A preocupação dos educadores, trabalhadores e familiares aumentou depois que a macrorregião sul, a qual Poços de Caldas está inserida, migrou para a Onda Verde nesta semana. E com isso os municípios estão autorizados a avançar com a flexibilização permitindo a retomada de setores, considerados de alto risco de contágio.

Desde setembro, as instituições de ensino superior, mesmo para os municípios que estavam na Onda Amarela, tinham a autorização para retomar com as atividades presenciais e as escolas dos municípios na Onda Verde poderiam retornar a partir do dia 5 de outubro.

A decisão de autorizar o retorno das aulas presenciais cabe aos prefeitos. No caso de Poços de Caldas a decisão é do prefeito, principalmente depois que o Município deixou de fazer parte do plano Minas Consciente e passou a ter mais autonomia nas decisões referentes ao enfrentamento ao Coronavírus e consequentemente à flexibilização.

Para o Coletivo Educação, o retorno às aulas aumenta o risco de contaminação de estudantes e servidores públicos e de seus familiares. Na carta os representantes das categorias afirmam que não há garantia do cumprimento dos protocolos de saúde no transporte público e escolar, no distanciamento orientado para salas de aulas, na merenda escolar, bem como a falta de equipamentos de proteção individual, o que eleva o número de possibilidades de casos de Covid-19 no nosso município, tornando mais grave o quadro de mortes.

O argumento é baseado nas pesquisas realizadas com as famílias, inclusive uma já realizada pela Secretaria Municipal de Educação de Poços de Caldas, que apontam que a maioria dos envolvidos na educação municipal é contra o retorno e que essa mesma opinião se reflete entre as famílias e demais envolvidos nas redes estadual e particular da cidade.

Assinam esse documento na íntegra: o  Coletivo Educação; Coletivo Polis; Mulheres Pela Democracia;  Sind-Ute – Subsede Poços de Caldas; SindServ – Sindicato dos Servidores Públicos de Poços de Caldas; Simpro/MG – Sindicato dos Professores de Minas Gerais; Professores da Escola Estadual Francisco Escobar; Professores da Escola Estadual Davi Campista; Professores da Escola Estadual Edmundo Gouvea Cardillo e Professores da Escola Esatdual de Ensino Fundamental e Médio (Escola Padrão)

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