Equipe do MG Transplantes realiza captação de órgãos no Hospital Santa Lúcia

Uma equipe do Hospital de Clínicas de Itajubá, credenciado pelo MG Transplantes realizou na manhã desta sexta-feira, 17, a captação dos rins de um paciente, de 57 anos com morte cerebral, que estava internado no Hospital Santa Lúcia – O Hospital do Coração de Poços de Caldas. O paciente foi internado após sofrer um infarto em sua cidade natal.

Após complicações foi aberto o protocolo de morte encefálica depois que o paciente sofreu uma parada cardiorrespiratória devido ao infarto. Após o consentimento da família foi autorizada a doação dos rins.

A captação foi realizada pela equipe chefiada pelo médico, dr. Gabriel Iannuzzi, que informou o destino dos órgãos. Um dos rins foi para um paciente em Passos e o outro para um paciente em Itajubá.

De acordo com dr. Iannuzzi, ao longo dos anos o Hospital de Clinicas de Itajubá vem se tornando referência no transplante de órgãos na região. O hospital está apto para captar e transplantar órgãos como coração, fígado, rins, medula óssea e se prepara para iniciar o transplante de córneas. “O hospital investiu bastante  em termos de transplantes e em alta complexidade. Nós fazemos quase todos transplantes e passamos ser referência do MG Transplante por ser o único no Sul de Minas,” destacou o médico.

Para o diretor clinico do Hospital Santa Lúcia, Dr. Assad Aun Netto, a ação desta sexta-feira é o resultado de um trabalho que vem sendo desenvolvido pela equipe do Santa Lúcia junto ao MG Transplante em Belo Horizonte e quem tem possibilitado a retirada pela equipe credenciada e o transplante de órgãos. “Hoje estamos passando por uma fase complexa. É uma vida que se vai, mas outras duas vão começar a vislumbrar a possibilidade de viver melhor com a doação dos rins. A doação de órgãos ainda é um tabu no Brasil e isso precisa ser quebrado, “ ressalta dr. Aun.

Ainda de acordo com dr. Aun, o Hospital Santa Lúcia está passando por uma fase de integração de uma equipe daqui com o MG Transplantes ordenada por Belo Horizonte para que haja a possibilidade de que  mais vidas sejam salvas através da doação de órgãos. “ Atualmente temos mais  40 leitos de UTI e muitas vezes recebemos pacientes em diversos níveis de gravidade. Batalhamos muito para salvar estas vidas, mas dependo da gravidade ocorre a morte cerebral e graças as famílias destes pacientes, que entendem a importância de fazer a doação é possível salvar outras vidas. A vida é muito mais que vemos hoje. Existe sim no ser humano a capacidade de doação, a solidariedade e a empatia”, concluiu dr. Aun