CulturaNotíciasRoberto Tereziano

ERA UMA VEZ…

Foi assim que história começou. Ela jovenzinha, muito mais jovem que ele. Mesmo assim ele aceitou ser seu esposo. A pesar da impossibilidade de ainda ser pai por causa da idade, para a sociedade da época a união já se figurava estranha, pois ela era ainda uma menina, se bem que em tal período as meninas se casavam com quatorze… quinze anos, às vezes até menos.

Ele já figurava como um velho, principalmente para aqueles tempos longínquos. Para completar, eram ambos originários de famílias tradicionais antigas, com raízes religiosas bastantes conservadoras.

Fazia parte da tradição daquele povo um costume diferente de nossos dias quando o assunto é casamento. Primeiro o casal passava a coabitar na mesma casa, porém, sem maiores contatos físicos depois de uma primeira cerimônia de casamento. E só depois de um período não pequeno de adaptação perfeita é que se realizava uma segunda cerimônia.

A partir de então, eles estavam realmente casados e passavam a conviver intimamente como marido e mulher.

A prestação de contas para com a comunidade ia mais além: No dia seguinte a noite que hoje denominamos lua de mel, ela tinha que apresentar para as pessoas mais próximas, especialmente familiares, pequenas toalhas com marcas de sangue que comprovavam a defloração. Ela era realmente virgem.

A não demonstração de tal prova seria uma indignidade para o marido e, e para com a comunidade familiar. Imaginem a situação constrangedora que mesmo antes da segunda e definitiva cerimônia a jovenzinha se mostra grávida.

O pior era a certeza que ele não era o responsável pela gravidez. Só restava tomar uma decisão: desaparecer, abandonando a menina ainda antes que a situação se revelasse um escândalo.

Não fosse ele ter recebido uma inesperada e surpreendente mensagem comunicando que não se afastasse dela e, que aquela situação de gravidez era realmente algo especial, pois só duas mulheres foram escolhidas no mundo para tal forma de ser mãe.

A outra ele até a conhecia: Chamava-se Isabel e se engravidara da mesma forma, embora muito idosa. Ainda com muitas dúvidas e incerteza ele aceitou ficar. Foi assim que tudo aconteceu. Mesmo diante de uma família pouco tradicional já que ele era bastante idoso e ela bastante jovem, quase uma menina.

Mesmo diante de todo o mistério que envolvia aquela gestação, ele aceitou assumir e figurar como pai, o que se deu meses depois.

Ele aceitou sua esposa Maria e assumiu o compromisso de proteger e educar um menino que passaria para a história mundial com o nome de Jesus.

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