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Especial Mãe Coragem – Gisele Ferreira Corrêa

“Eu nunca fui uma mãezona, mas nunca fui ausente com minha filha”

Empresária de sucesso celebra Dia das Mães aliando trabalho e vida pessoal

Todos os dias, às sete horas da manhã, Gisele envia uma mensagem com o Salmo 91, para encorajar a filha e lembrá-la de seus objetivos. Este é o relato de uma mãe que, há quase 30 anos, se dedica ao meio empresarial e precisou, desde sempre, conciliar vida profissional e pessoal. Gisele Ferreira Corrêa é dona de uma das mais renomadas empresas de eventos da cidade e região, responsável por empreendimentos de grande porte, como Feira do Livro e Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços). Ao todo, são seis eventos fixos por ano, além do atendimento a clientes regionais, com a realização de congressos e inaugurações.

Planejamento é a tônica da vida desta mulher, até mesmo na gestação da única filha, Antônia, hoje com 22 anos, que nasceu em 28 de agosto, mesma data de aniversário da mãe. Em entrevista em seu escritório, Gisele falou sobre como é ser mãe, ao mesmo tempo em que leva uma agitada vida de empresária. “Eu sou muito feliz em ser mãe, apesar de não ter um espírito muito maternal. Nunca tive aquele espírito de ter mais de um filho, de ser uma mãezona com muitos filhos. Optei por ter uma filha só, justamente para poder continuar trabalhando”, conta.

Aos 53 anos, Gisele se considera uma mulher contemporânea, no auge da carreira profissional, chegando a trabalhar, em média, dez horas por dia. “Hoje em dia é muito difícil uma mulher que não trabalhe fora, mesmo as mulheres mais velhas, principalmente as da minha faixa etária. Todas as minhas amigas trabalham fora. Eu convivo com esta minha geração de mulheres que trabalham fora e nunca tive conflito entre isso e cuidar de filho. A maternidade não me atrapalhou em momento algum. A gente que é dona, empresária, não tem como sair de licença maternidade, ficar ausente muito tempo. Mas eu não tenho nenhum recalque em relação a isso”, avalia.

Apesar da vida profissional ativa, Gisele foi obrigada a fazer uma pausa nas atividades e se mudou para Suíça, por causa do trabalho do marido. Foi um dos melhores momentos de sua vida ao lado da pequena Antônia que, na época, tinha dois anos e meio.  Por seis anos, ela pôde se dedicar à filha. “O tempo que fiquei com ela foi bom, foi necessário. Este período que moramos fora do país foi muito saudável para nossa relação porque, de fato, eu consegui ficar com ela 100% do meu tempo. Coisa que não conseguiria se estivesse no meu ritmo de trabalho”, recorda.

O trabalho é realidade para a grande maioria das mulheres contemporâneas. E aliar a maternidade ao ritmo da vida profissional é o grande desafio da sociedade atual, com o qual Gisele soube lidar muito bem. “Minha relação com minha filha sempre foi muito saudável. O fato de eu trabalhar fora não impediu que a gente se tornasse super amigas, cúmplices, de termos respeito uma pela outra”.

Pelo contrário, o ritmo de vida e o exemplo da mãe fizeram com que a filha se tornasse uma adulta independente. Antônia mora sozinha desde os 19 anos e hoje cursa microbiologia e imunologia em uma faculdade federal, no Rio de Janeiro. “Acredito que ela se espelha muito em mim no aspecto de ser independente, de ter personalidade, de cuidar da própria vida, daquilo que tem vontade, que sonha e, profissionalmente, já está seguindo o rumo da vida dela”, se orgulha Gisele.

Apesar da distância e independência, Gisele procura ao máximo estar próxima de Antônia. Por causa dos compromissos, mais uma vez mãe e filha vão ficar longe no Dia das Mães. Mas, desta vez, não por causa de Gisele e sim de Antônia, que está em semana de provas e também precisa fazer estágio. “Esta semana eu fico com a minha mãe e, na outra, eu vou para o Rio e nos reunimos. Por causa do nosso ritmo, além dos nossos aniversários, consideramos duas datas importantes para nos reunir: o Natal e Reveillon. Fora isso, tentamos nos reunir na medida do possível, até porque acredito que dia das mães, dos pais e das crianças é todo dia”, finaliza.

Gisele se encaixa no perfil de 72% das mulheres brasileiras que precisam trabalhar, segundo o relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no último dia 8 de março deste ano. Neste domingo, 14 de maio, Dia das Mães, Gisele vai despertar a filha Antônia, às sete horas, como faz todos os dias, com seu salmo de proteção: “Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação. Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda”. É o desejo de todas as mães. Parabéns, mamãe Gisele!

Um comentário sobre “Especial Mãe Coragem – Gisele Ferreira Corrêa

  • Conheci essa mulher maravilhosa aqui na Suiça! Sua perseverança e coragem levaram você ao sucesso profissional ! Parabéns a você pelas conquistas e por ser mãe dessa linda querida Antonia!

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