Monotrilho pode ser incorporado à licitação do transporte público
Esta foi uma das soluções apresentadas pelo prefeito Sérgio Azevedo durante a entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 30, que tratou sobre a devolução antecipada da concessão do monotrilho pela empresa J. Ferreira que construiu e era responsável pelo empreendimento até a última terça-feira, 29.
Durante sua fala o prefeito disse que antes da audiência de conciliação que resultou na devolução da concessão não tinha como o Município intervir junto ao empreendimento que não era utilizado desde 2000, pouco depois da inauguração oficial.
Segundo o prefeito o objetivo agora é contratar uma empresa para realizar um laudo técnico para atestar a segurança da estrutura e em seguida, se a estrutura oferecer condições a intenção é terceirizar o serviço para que empresas interessadas possam assumir o monotrilho, inclusive o prefeito pretende incluir o empreendimento no processo de licitação do transporte público que será renovado no final de 2019. “Agora, poderemos tentar uma solução para este equipamento, que poderá ser utilizado para o fim ao qual foi projetado, para transporte de pessoas, integrando-o ao projeto de Mobilidade Urbana de Poços de Caldas. Outra opção é incorporá-lo à licitação do transporte público, que acontece no final do ano. Podemos ainda incorporá-lo ao processo de terceirização dos pontos turísticos, ou até mesmo transformar a estrutura elevada em uma pista de caminhada. Tudo isso dentro do grande projeto de revitalização da Av. João Pinheiro. Agora essa decisão cabe a nós, em consulta à comunidade e também á Câmara de Vereadores”, disse o prefeito.
O prefeito aposta no potencial turístico que o monotrilho oferece e caso não haja interesse e sem condições financeiras para administrar o equipamento Azevedo não descartou a possibilidade de demolição, mas somente em último caso.
O monotrilho começou a ser construído em 1981, pela concessão ele deveria ter sido entregue em 1991, mas a empresa na época solicitou um prazo de mais 10 anos por meio de um aditamento no contrato. A partir da entrega do empreendimento a empresa teria a concessão de 50 anos. O investimento, segundo o empresário Joel Junqueira, que também participou da coletiva foi de mais de R$ 40 milhões de reais.
Com a conciliação na Justiça, o empresário abriu mão deste investimento e de qualquer ressarcimento ou indenização do Município.
O promotor de Justiça, Sidnei Boccia, que participou do processo viu como positivo o desfecho de um impasse que durou anos na Justiça. “Para ele a devolução veio em boa hora quando está sendo concluída a implantação do Plano de Mobilidade Urbana no Município.” O monotrilho vem num momento muito importante, quando se discute o Plano de Mobilidade Urbana, amplamente discutido com a comunidade, dentro deste governo que tem sido muito participativo. Hoje a Prefeitura tem a autonomia de decidir o melhor uso para este equipamento e tenho certeza que será uma decisão muito bem conduzida” destacou o promotor.