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Moradores do Kennedy II são cadastrados pela Alcoa

A Unidade da Alcoa em Poços de Caldas iniciou nesta terça-feira, 23, o cadastramento de propriedades e de moradores no Jardim Kennedy II, num raio de área considerada de risco caso haja o rompimento da barragem da mineradora.

A medida faz parte do Plano de Atendimento à Emergência (PAE), atendendo a orientação do Ministério Público à Defesa Civil para que garantisse a execução do treinamento e simulado da região e população.

Ao todo 200 famílias devem ser cadastradas no Kennedy II – foto Poçoscom.com/Roni Bispo

O objetivo do trabalho é  facilitar a comunicação com os moradores nos simulados de evacuação, que serão promovidos em breve, juntamente com a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e demais órgãos competentes para tal atividade.


De acordo com gerente de operações da Alcoa de Poços de Caldas, Walmer Rocha, ao todo devem ser cadastradas 200 famílias que estão na área por onde a mancha de resíduos deve passar se por ventura vier ter um rompimento. Os imóveis ficam numa área mais baixa do bairro às margens do Ribeirão da Vargem, manancial que também está compreendido dentro da área, chamada de autossalvamento, baseado no estudo de no estudo de ruptura hipotética de Áreas de Resíduos de Bauxita da Companhia. “ Nem todos os moradores do bairro serão cadastrados, apenas o que estão dentro da área que pode ser atingida caso haja um rompimento. Para chegarmos a este número foram realizados 5 simulações e a zona de altossalvamento foi definida baseada no simulado com a pior situação de um possível rompimento. Durante o cadastramento os moradores vão responder a um questionário de 15 a 20 perguntas. Queremos saber quantas pessoas moram nos imóveis, crianças, idosos. Se tem alguém com alguma necessidade ou dificuldade de locomoção, se tem animais,” explicou o gerente de operações.

Ainda de acordo com Rocha, as informações são confidenciais e serão usadas apenas pela Alcoa. Os dados estão sendo coletados por funcionários uma empresa de consultoria empresarial devidamente identificados  e treinados para abordar os moradores.

Para dona Jandira Aparecida que mora na Rua Magnésio há 13 anos vê o cadastramento com bons olhos, pois desde o rompimento da barragem em Brumadinho ela está preocupada com a situação da barragem que fica a pelo menos 1 km da casa dela. “ Eu fico um pouco mais tranquila em saber que eles estão tomando providência antes que algo aconteça, pois aqui moram 10 pessoas entre meus filhos, meus netos, meu genro e meu marido. Se tiver que mudar daqui a gente não tem condições de pagar um aluguel. A gente torce para que o pior não aconteça,” disse a dona de casa.

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