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MP instaura procedimento para apurar operação em Varginha

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Durante a operação foram apreendidas várias armas de grosso calibre, munições e explosivos – foto redes sociais

O Ministério Público de Minas Gerais vai instaurar um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para acompanhar os desdobramentos da operação policial realizada pela Polícia Militar de Minas Gerais e Polícia Rodoviária Federal em Varginha, na madrugada do último domingo, 31 de outubro e que resultou na morte de 26 criminosos.

Segundo o MP o PIC deve correr em segredo de justiça. O acompanhamento está a cargo da promotora de Justiça de Varginha, Eliane Claro; do procurador André Ubaldino; da promotora Paula Ayres Lima, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Central; do promotor Francisco Ângelo Silva Assis, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e Apoio Comunitário (CAODH) e do promotor Igor Serrano Silva, coordenador do Gaeco Regional de Varginha.

A ação também foi questionada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Os 26 criminosos morreram durante o confronto em dois sítios na zona rural de Varginha. A operação conjunta realizada pelo Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal tinha como objetivo prender os integrantes da quadrilha conhecida como Novo Cangaço, especializada em ataques a caixas eletrônicos.

O grupo vinha sendo monitorado há pelo menos 2 meses e os serviços de inteligência das duas instituições obtiveram informações que a quadrilha iria atacar a agência do Banco do Brasil de Varginha na madrugada do dia 1º de novembro.

Segundo a Polícia Militar, assim que as equipes chegaram aos sítios integrantes da quadrilha, apontados como “olheiros” começaram a atirar nos policiais.

Identificação dos corpos

Os corpos dos 26 criminosos foram levados para identificação no IML de Belo Horizonte, sendo que 22 deles já foram identificados. Os integrantes são do Triangulo Mineiro,  Goiás,  Amazonas, Rondônia,  Maranhão, São Paulo e Brasília.

Dos 22 integrantes identificados, pelo 10 têm passagem pela polícia pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio contra policial, furto, roubo, tráfico e ameaça. A Policia investiga ainda a participação do grupo em ataques anteriores pelo país.

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou  que os policiais atuaram no estrito cumprimento do dever legal, utilizando a força necessária para repelir injusta agressão e manter a ordem pública e a incolumidade das pessoas, evitando a atuação de uma quadrilha, que pelo poderio bélico encontrado, poderia instaurar o caos na região, inclusive colocando a vida de cidadãos de bem em risco.

A  Polícia Militar também se manifestou e disse que todas as ações que foram realizadas, além de organizar uma coletiva de imprensa com os responsáveis pela operação, que estiveram in loco. Não havendo, portanto, qualquer restrição de acesso à informação relacionada à ocorrência. Além das medidas de Polícia Militar Judiciária adotadas a PMMG instaurou um inquérito Policial Militar.

 

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