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MPC determina sustação do contrato da Floramar em Poços de Caldas

O Ministério Público de Contas do Estado de Minas Gerais determinou a sustação do contrato de concessão da Auto Ômnibus Floramar com o município de Poços de Caldas. O procurador do Ministério Público de Contas, Gladyson Santos Soprani Massari, identificou possíveis indícios de fraude no processo licitatório, inclusive com atuação de integrantes do Cartel das Empresas de Ônibus.

Câmara terá dois anos para determinar o início da sustação do contrato da Floramar – foto arquivo Poçoscom.com

O procurador do Ministério Público de Contas enviou um ofício ao presidente da Câmara Municipal de Poços de Caldas, Douglas Souza para que inicie o processo de sustação do contrato, mediante os possíveis indícios de que o processo licitatório foi realizado com irregularidades para beneficiar uma única empresa.

De início a ação do Ministério Público de Contas buscava apenas analisar a possível existência de documentos, arquivos e e-mails que fortalecessem as provas que o MPC  já tinha sobre o modo de agir das empresas de transporte público em licitações neste segmento.

Após analisar os documentos enviados pela Prefeitura de Poços de Caldas, o MPC identificou indícios de fraude com atuação do Cartel das Empresas de Ônibus.

O MPC apurou que algumas empresas de ônibus, inclusive o Sindicato  do Trabalhadores em Transporte Rodoviário, apresentaram questionamentos, pedidos de impugnações e denúncias quanto ao edital lançado e na hora de participar da licitação desistiram da concorrência, de forma a favorecer uma única empresa.

No ofício encaminhado ao presidente da Câmara o MPC determina que o processo de sustação seja iniciado no prazo de dois anos, de forma que a população seja prejudicada e que durante este período seja elaborado um novo processo licitatório.

A Auto Ômnibus Floramar foi a única empresa a participar do novo contrato de concessão do transporte público em  Poços de Caldas. A empresa, que pertence ao mesmo grupo da Auto Ômnibus Circullare, que administrou o transporte público na cidade por 73 anos.

O MPC ainda responsabiliza o Executivo, incluindo os integrantes da comissão de licitação.

A Floramar iniciou a operação em maio de 2022. O novo contrato é para um período de 15 anos no valor de R$ 736.334.739,13 com validade para 15 anos.

Em nota a assessoria de imprensa da Floramar informou que a assessoria jurídica da Floramar e a assessoria jurídica da prefeitura estão analisando o processo.

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