Mulher que raptou criança disse que comprou a bebê por R$ 5 mil
Esta foi a versão apresentada por Lindaura Alves de Oliveira, de 46 anos, durante a apresentação dos acusados na tarde desta sexta-feira, 11, na Delegacia Regional de Policia Civil de Poços de Caldas. Lindaura disse que só pegou a criança porque a mãe recebeu o dinheiro e teria se arrependido.
Versão esta que foi descartada para Polícia Civil que apurou que Lindaura planejou o rapto e com riqueza de detalhes.
Durante a entrevista coletiva concedida a imprensa os delegados envolvidos na apuração informaram que a raptora tinha uma certidão de nascimento o que legitimava a suspeita como mão da criança. O documento foi obtido em um cartório no interior de São Paulo. A obtenção do documento também será investigada pela polícia.
A hipótese de rapto pesou sobre a suspeita depois do depoimento da nora, Cintia Tomás de Carvalho, de 23 anos, contou que a sogra estava grávida de 7 meses e teria perdido o bebê. Ela manteve uma falsa gravidez e precisa de um recém-nascido para justificar o nascimento ao namorado.
A suspeita teria assumido a culpa do rapto e tentou tirar a responsabilidade dos outros presos, a nora, o taxista de Cabo Verde, Pedro José da Silva, de 69 anos e a filha de Lindaura, uma adolescente de 13 anos.
Tanto a nora quanto o taxista negam ter visto uma criança com Lindaura e que durante o trajeto de Cabo Verde até o sítio na zona rural de Espírito Santo do Pinhal, não perceberam a presença da criança.
De acordo com o delegado regional, Gustavo Manzoli, ainda há muitas contradições e fatos que precisam ser apurados, mas não há dúvidas de que houve o rapto.
Ainda durante a entrevista o delegado regional reforçou o empenho das polícias civil e militar no caso e que terminou com resultado positivo com a recuperação da pequena Yasmim que já está de volta em casa com os pais.