Poços perde Delegacia da Polícia Rodoviária Federal

A 13ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal, com sede em Poços de Caldas, não existe mais. O órgão foi extinto por determinação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública. A partir de agora, o município conta apenas com um posto de serviço subordinado à 10ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal de Pouso Alegre.

A desativação da delegacia da PRF em Poços já havia sido cogitada anteriormente, mas só se concretizou agora. O efetivo vinha sendo reduzido, assim como a área de cobertura da 13ª Delegacia, que antes era responsável por trechos das rodovias federais BR 267, entre Poços e Machado, e B4 146, entre Poços e Andradas, cuja responsabilidade foi repassada para a Polícia Militar Rodoviária, ficando a PRF apenas com o trecho da BR 146, entre Poços e Guaxupé, e BR 459, entre Poços e Pouso Alegre, até o acesso à Rodovia Fernão Dias.

Com a extinção da delegacia, toda atividade administrativa passa a ser executada por Pouso Alegre. Ao todo, sete delegacias da PRF foram extintas no país, sendo três em Minas, a de Poços, Caxambu e Frutal.

A determinação da extinção da delegacia de Poços foi publicada no Diário Oficial da União no dia 22 de maio. O processo foi acelerado depois que o Ministério Público de Pouso Alegre solicitou ao diretor-geral do Departamento de PRF, em regime de urgência, esclarecimentos sobre os motivos que levaram à definição das delegacias agora extintas.

A então sede da 13ª Delegacia da PRF em Poços de Caldas estava em local estratégico no município, no encontro das rodovias BR 146 e 459, vias que dão acesso a Minas Gerais e ao Estado de São Paulo. “Houve uma fusão entre as delegacias. A Delegacia foi extinta em Poços e absorvida por Pouso Alegre. Toda a questão administrativa foi centralizada em Pouso Alegre”, informou o então chefe da 13ª Delegacia Regional da PRF em Poços de Caldas, Marco Antônio Territo.

A localização estratégica proporciona fiscalizações que resultam, principalmente, na apreensão de drogas, além de situações como sonegação de impostos, com a detenção de mercadorias na unidade, como bebidas, por exemplo. Recentemente, os policiais chegaram a apreender até dinheiro em espécie (R$ 90 mil) sem comprovação de origem.