Presídio de Poços inicia racionamento de água
Tem início nesta segunda-feira, 2, o racionamento de água no presídio de Poços de Cadas. A medida, que abrange as demais unidades do Estado, visa gerar economia aos cofres públicos, conforme divulgada pelo Governo de Minas. Cada unidade terá que usar água pelo período de 6 horas diárias apenas.
De acordo com a diretora da unidade de Poços de Caldas, Monique Xavier, será feita uma análise para elaborar um planejamento de como utilizar da melhor forma a água entre os detentos e servidores.
O presídio de Poços tem capacidade para 126 presos, mas em abril chegou a ficar com 285 detentos. Após um acordo firmado pelo titular da 1ª Vara Criminal e de Execução Penal, Robson Luiz Rosa Lima, a capacidade deveria ser de apenas 150 presos.
Na unidade de Cabo Verde, são apenas 3 caixas d´água de 500 litros, por isso a diretoria optou por deixar o chuveiro funcionando apenas por 1 hora na parte da manhã. No período da tarde o banho poderá ser apenas com água fria, uma vez que a energia elétrica será desligada. Atualmente a população carcerária do município é de 100 presos.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a medida foi definida, pois dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento mostram que um detento gasta em média 88% a mais de água do que um cidadão em liberdade. Atualmente, o estado tem 72 mil presos em 197 unidades.
Durante o período em que houver o racionamento, a água nos presídios deverá ser usada por seis horas diárias.
A despesa mensal com água nas unidades prisionais de todo o estado é em média de R$ 7,5 milhões. Com o racionamento o governo espera economizar 10% deste valor.
Ainda segundo a Sejusp a limitação do uso de água pelos detentos nas unidades prisionais do Estado é uma medida de gestão que busca eficiência no setor público, sem desperdício do dinheiro do contribuinte e com a garantia da manutenção dos direitos dos presos e da pessoa humana.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública também salienta que as individualidades das pessoas em privação de liberdade serão preservadas, sendo situações diferenciadas – como de grávidas, de unidades em regiões historicamente mais quentes do Estado ou com superlotação acima da média estadual – estudadas caso a caso.
A restrição do uso da água não trará prejuízos aos trabalhos de humanização e ressocialização realizados dentro das unidades prisionais.