Professores decidem hoje se aceitam proposta para pagamento do piso com aumento do IPTU
Os professores da rede de ensino municipal estão entre a cruz e a espada. Eles participam logo mais à tarde da Assembléia que vai decidir se aceita a proposta acordada na 2ª Vara do Trabalho para a aplicação do Piso do Magistério em cumprimento da Lei 11.738. A audiência é resultado da ação civil pública coletiva movida pelo Sindicato dos Servidores Públicos – Sindserv, contra o município.
Pelo acordo firmado no último dia 29 de março entre a atual administração e a Justiça do Trabalho, o pagamento do piso seria em duas etapas, como já havia sido proposto pela administração anterior, porém não foi aceito pela classe, pois na época os professores entenderam que o pagamento deveria ser feito de imediato e a proposta foi retirada de votação.
Agora, com a nova proposta o pagamento deve ser realizado em 2018 e em 2019, porém com uma condição, a Câmara Municipal deve aprovar uma lei que aumente o valor do IPTU em 2018 para que se tenha condições financeiras de cumprir o que determina a Lei 11.738.
A situação foi alertada pelo vereador Paulo Tadeu(PT), na sessão da Câmara da última terça-feira, no momento em que era aprovado um requerimento solicitando informações sobre a contratação de professores P1.
A decisão tem dividido os professores que aguardam pelo pagamento do piso, compromisso assumido pelo atual prefeito, Sérgio Azevedo, durante campanha, porém os educadores se vêem numa situação em que se aceitarem a proposta podem ser responsabilizados pelo aumento do IPTU, mas se não aceitarem podem adiar ainda mais o benefício que já poderia estar recebendo.
A Assembleia será realizada nesta segunda-feira às 17h30 no Espaço Cultural da Urca.