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Sindserv repudia ataques a professores nas redes sociais

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Poços de Caldas (Sindserv) emitiu uma nota de repúdio em defesa dos professores da rede pública que vêm alvo de ataques, principalmente nas redes sociais, por conta das aulas no sistema remoto devido à pandemia.

A presidente do Sindserv, Marieta Carneiro saiu em defesa do professor da rede pública

Em nota o sindicato esclarece que não depende do professor a decisão de retornar com as aulas presenciais e ainda explica como tem sido a rotina do educador diante da limitação que lhe foi imposto por conta da pandemia.

O sindicato também diferencia a realidade do professor da rede pública com a particular e principalmente a realidade dos alunos.

Desde março do ano passado, tanto a rede pública de ensino quanto a particular tem adotado o sistema remoto para realizar as atividades escolares, porém alguns pais entendem que o ano letivo 2021 deveria voltar no sistema híbrido, mesclando aulas remotas com as presenciais observando a capacidade de público nas salas de aula.

Mas devido ao cenário epidemiológico de Poços de Caldas, o Comitê Extraordinário da Covid-19 entendeu que ainda não é o momento do retorno das aulas presenciais, mesmo que em sistema híbrido no município.

Desde segunda-feira, 8, as aulas na rede municipal de ensino foram retomadas no sistema remoto. As escolas particulares já tinham iniciado o ano letivo na semana passada. Já a rede estadual retorna com as atividades no dia 4 de março, também no sistema remoto.

Confira abaixo a nota de repúdio na íntegra:

O Sindserv vem através deste, repudiar os ataques feitos recentemente aos profissionais da Educação.

Ressaltamos que professor público não decide hora, data e local onde trabalha, essas normatizações são feitas pelos gestores públicos.

Atualmente, devido à Pandemia da Covid-19, os professores receberam ordens para trabalhar de suas residências a fim de evitar a propagação do vírus. O trabalho dos professores da Rede Municipal tem sido feito através de plataformas, grupos de whatsapp e entrega de materiais impressos, sempre respeitando a realidade de cada comunidade e a individualidade dos alunos. Tudo isso organizado e supervisionado por especialistas da Secretaria Municipal de Educação.

Para aqueles que ainda não entenderam, estamos numa pandemia, isso é uma questão de saúde pública. Voltar ou não às aulas presenciais não é uma escolha que caiba ao professor, portanto não entendemos o porquê de tantos ataques e o sarcasmo mordaz atribuído a essa categoria profissional. Os professores estão diante de uma nova realidade de prestação de serviços, utilizando recursos próprios, permitindo a exposição de seus lares e incontáveis vezes, com carga horária extrapolada.

Diferente da realidade das Escolas particulares, nas quais o professor, munido de recursos eficientes, consegue alcançar todos os alunos ao mesmo tempo, o professor da Rede Pública se desdobra de diversas formas para não deixar nenhum aluno para trás e garantir que seja minimizada a desigualdade social.

A Educação é o principal instrumento de transformação social. Estes indivíduos que se dirigem aos professores com tamanha falta de respeito, nos dão a certeza, professores, de que o Brasil necessita de mudança, uma mudança transformadora. Precisamos de seres humanos pensantes, menos prepotentes e ignorantes…e certamente com mais empatia. Um cidadão que se dirige a um professor com tanto desrespeito, aconselhamos voltar para a Escola, você precisa urgentemente de um professor.

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