Toninho Horta retoma carreira internacional em Nova York
*Nova York – Rose Lino – Toninho Horta, aos 76 anos de idade confirma que está num momento especial da sua carreira. Em entrevista concedida à jornalista poços-caldense, Rose Lino, em Nova York, o músico mineiro declarou sentir-se abençoado. “Fui realmente surpreendido com as demandas que surgiram e têm surgido a partir das minhas apresentações atuais. É um momento pra mim maravilhoso, aos 76 anos de idade, com saúde e podendo viajar com meu trabalho. Me sinto renovado.”
Recepcionado pela pianista, Sue Maskaleris, Toninho Horta se apresentou com outros cinco músicos no último dia 12, na Biblioteca de New Rochelle.
No último dia Parecia mesmo um menino de 18 anos no palco, dedilhando na guitarra o entusiasmo de estar ali, esbanjando um sorriso para a plateia. A chamada música mineira tem características ímpares que parecem se assemelhar ao vai e vem das montanhas ou ao soprar do vento enquanto se transforma em brisa, o chamamento do barulho de uma cachoeira, o que tanto contribuiu para o cenário musical nacional. “Sinto mesmo que o público e o mercado estão retomando a curiosidade pela minha música”. E assim, tanto o Brasil quanto Minas Gerais foram homenageados na apresentação.
O músico mineiro volta ao palco nesta quinta-feira, 25, às 12h no Bryant Park, em Manhattan, ao lado da pianista, Sue Maskaleris e dos convidados especiais Jeff Raheb e Clyde Bermingham nas guitarras.
O Projeto faz parte de um disco que começou a ser pensado ainda na pandemia e tem bossa nova e seis músicas em inglês. A história de Toninho no cenário americano é de longa data. Morou nos Estados Unidos por muito tempo, no final dos anos 1980. Depois atuou com gravadoras do Japão e da Europa.
Sempre de volta ao Brasil e a Belo Horizonte, onde nasceu, é lembrado pelas importantes parcerias na MPB, tais como Milton Nascimento, o fenômeno Clube da Esquina, intérpretes como Elis Regina, seja integrando o grupo A Tribo, bandas de Gal Costa, Maria Bethânia e Nana Caymmi. Trabalhos realizados com Hermeto Pascoal, João Bosco, Ney Matogrosso e Lô borges. Todo mundo se lembra de “Manoel, o Audaz”.
Compositor, arranjador, produtor musical e guitarrista, no jazz emprestou seu talento a muitos artistas no mercado norte-americano. “Minha maneira de tocar é considerada sofisticada mas acima de tudo sou um romântico, transmito alegria na minha música”.
Para apreciar Toninho Horta a gente precisa prestar atenção nos acordes, cada detalhe conta aos ouvidos, técnica que leva à perfeição quando a canção ganha os sons e ritmos que Toninho gosta tanto de fazer com a voz, faz música com a alma e o corpo. “Acredito na renovação, fico feliz quando jovens músicos buscam meus cursos na internet, é uma forma de mantermos vivas as tradições e a qualidade musical, trazendo para as novas gerações conhecimento como referência em seus trabalhos.”
“Estou colhendo tudo que plantei, o que me deixa muito à vontade para continuar aprendendo, a maturidade artística reafirma o quanto ainda há para ser feito, nesses encontros musicais, nos palcos, no mundo.”
