Trabalhadores fazem protesto contra Reforma da Previdência na Câmara
Um grupo de trabalhadores, a maioria professores das redes municipal e estadual realizou na tarde desta terça-feira (21), um manifesto contra a Reforma da Previdência no Plenário da Câmara Municipal de Poços de Caldas.
A ação faz parte de um movimento que está sendo realizado em todas as Câmaras Municipais do país em repúdio a reforma previdenciária que o Governo Federal quer impor ao trabalhador.
Ao final da primeira parte dos trabalhos da sessão desta terça-feira, a pedido do vereador Paulo Tadeu (PT), o presidente da Casa, o vereador Antonio Carlos Pereira (DEM) quebrou o protocolo e permitiu que os trabalhadores fizessem uso da palavra para manifestar a indignação pela alteração nas regras da aposentadoria.
Antes do intervalo, os vereadores já haviam aprovado por unanimidade uma moção de repúdio a Reforma da Previdência, de autoria da vereadora Maria Cecília Opípari, que ultimamente vem usando a tribuna para se posicionar contra o novo regime de aposentadoria. “Infelizmente alguns deputados não estão ouvindo o clamor da população. As mulheres serão prejudicadas, as trabalhadoras rurais serão prejudicadas, deficientes serão prejudicados com esta Reforma que querem nos enfiar goela abaixo. 49 anos de contribuição é um retrocesso porque o trabalhador já conquistou o direito de aposentar por menos tempo de serviço. Trata-se de uma reforma truculenta. O ato de greve é legítimo e é uma forma dos trabalhadores pressionar este governo que não é voltado para o povo,” argumentou a vereadora.
Pressão contra os vereadores
Antes do final do intervalo, os manifestantes que já estavam do lado de fora da Câmara retornaram para o Plenário com faixas, apitos e tambor, intensificando ainda mais o manifesto, pois alguns vereadores, mesmo tendo votado a favor da moção de repúdio, ainda não haviam assinado o documento.
Os trabalhadores fincaram pé no Plenário fazendo apitaço e gritando palavras de ordem até que todos os vereadores assinaram a moção de repúdio. Só depois de confirmada a assinatura de todos os ânimos se acalmaram e o presidente da Câmara, conseguiu dar continuidade à sessão.