CulturaRoberto Tereziano

Na Rua da Minha Casa

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Repassando o livro a Rua da Minha Casa, do dentista e mágico Norberto Danza, eis o que ele conta de suas lembranças da Casa Minerva e mais um trecho da Rua Prefeito Chagas.

“Situada no quadrilátero mais elegante da rua, de um lado ficavam a Casa Minerva, a Farmácia Normal, O Banco Comércio e Indústria de São Paulo  e o Banco Moreira Salles, compondo o centro “comercial) mais importante da época. Afixado na parte externa e superior, lia-se “Casa Minerva Secos e Molhados” O proprietário era o Sr. Camerino Togo Nogueira da Silva, assessorado pelos seus irmãos Greenhal e Maurity. O estabelecimento era muito bem estocado. Os alimentos eram expostos em sacos de estopa, enfileirados defronte ao balcão principal, onde se via sacos de feijão, de batata , açúcar, farinha, fubá e outros produtos.

No balcão havia uma balança de dois pratos metálicos tendo no centro o fiel ponteiro. Ali os produtos eram pesados um a um e colocados em sacos de papel cor de cinza. Para isso havia os pesos metálicos de um quilograma, quinhentos, duzentos e cem gramas, e outros menores.

Na arte interna, as prateleiras altas expunham os vinhos, as latarias de óleo, frutas e outros produtos.

Alem dos fregueses, frequentavam a casa, escritores, poetas e pessoas que gostavam de dar um dedo de prosa com o proprietário.

O Sr. Camerino Togo era um homem muito querido, respeitado e um rotariano de valor. Era casado com a Sra. Fátima Proença, tia da notável e lindíssima sobrinha Maitê Proença, que se tornou a estrela D’alva nas telas da TV, das madrugadas de encantos dos valores teatrais e dos cenários paisagísticos da cultura nacional.

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Essa moça, na sua infância frequentava muitas vezes a residência da tia Fátima, juntamente com o avô Proença. Com o tempo os irmãos Greenhal e Maurity deixaram o estabelecimento, que continuou apenas com o Sr. Togo e outros funcionários.

Na época do natal, o movimento de compras sempre aumentava muito, pois lá se encontrava uma grande variedade de vinhos importados, champanhes e frutas.  Também pelas festividades juninas, a casa vendia fogos de artifício, onde a mocidade adquiria os famosos busca-pés e promoviam uma guerra divertida, na qual dois blocos distantes atiravam um no outro por cerca de vinte ou trinta metros. Era uma alegria contagiante, onde todos se divertiam.

Quando a Casa Minerva se mudos daí para a Rua Assis com Barros Cobra foi uma tristeza, porque descaracterizou a Prefeito Chagas que foi tão importante e tão fiel na história da cidade.”

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