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18ª RISP de Poços de Caldas registra queda no número de homicídios

A 18ª região Integrada de Segurança de Poços de Caldas, foi uma das 15 RISP de Minas Gerais que apresentaram queda no número de vítimas de homicídio no Estado. A 18ª Risp, que abrange 55 municípios, apresentou uma redução de 54,6% no número de vítimas de homicídio no primeiro trimestre de 2021. Em todo Estado a queda foi de 16,9%

A redução dos índices de homicídio é resultado da da integração entre as Forças de Segurança – foto Dirceu Aurélio

Na comparação com o mesmo período do ano passado, os dados representam um total de 129 vidas poupadas em relação a 2020: foram 635 vítimas de janeiro a março deste ano contra 764 em igual período do ano anterior.

A redução foi registrada em 15 das 19 Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps). Em todo o estado, destaque para as quedas nas regiões de Curvelo com 75,7%, Patos de Minas 61,9%  e Poços de Caldas.  As regiões de Uberaba, Lavras, Sete Lagoas e Vespasiano também apresentaram reduções significativas.

Indicadores 

Importante indicador da criminalidade e um dos menos afetados pelo contexto de distanciamento social, o número de vítimas de homicídios consumados também teve queda na capital: em Belo Horizonte a redução foi de 29,4%. Levando em conta todos os municípios mineiros, 710 municípios (o equivalente a 83,2% do total) não registraram homicídios, mantiveram ou reduziram os índices na comparação com o mesmo período de 2020. 

O levantamento, compilado pelo Observatório de Segurança Pública, foi divulgado nesta segunda-feira, 12, pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Todos os meses, a Sejusp publica em seu site os índices de criminalidade dos 853 municípios mineiros. 

Perfil das vítimas

Homens pardos e negros, com faixa etária entre 35 e 64 anos, concentram a maior parte das vítimas de homicídios em Minas Gerais em 2021. No recorte por sexo, entre as 635 pessoas assassinadas no primeiro trimestre deste ano, 581, o equivalente a 91,5%, eram do sexo masculino e 54 (8,5%) do sexo feminino. 

Considerando o recorte racial, foram 312 pessoas pardas (49,1%), 125 negras (19,7%) e 109 brancas (17,2%) — o restante se divide entre albinos, amarelos ou não identificados. Já em relação à faixa etária, 210 vítimas (33,1%) tinham entre 35 e 64 anos; 176 entre 18 e 24 anos (27,7%) e 118 entre 25 e 29 anos (18,6%). 

Integração para resultados

A redução dos índices de homicídio é fruto de uma gestão eficiente na Segurança Pública mineira. Investimentos em ações de inteligência e fortalecimento da integração entre as Forças de Segurança — Polícia Militar, Civil, Corpo de Bombeiros, Sistemas Prisional e Socioeducativo, além das Guardas Municipais e Polícias Federal e Rodoviária Federal — têm potencializado o enfrentamento à criminalidade violenta no estado.

Ações conjuntas e coordenadas, como a recente operação Caminhos de Minas, têm sido realizadas com frequência. No fim de março, a segunda fase da megaoperação foi deflagrada em rodovias mineiras com foco em ações de prevenção e repressão qualificada à criminalidade violenta. Entre os resultados, 204 pessoas foram presas, mais de 18 mil veículos abordados, 57 quilos de drogas apreendidos e 18 armas de fogo retiradas de circulação.

Sistema Integrado

A integração das Forças de Segurança em Minas, por sua vez, é possível graças ao Sistema Integrado de Defesa Social (Sids), que completa 17 anos nesta terça-feira, 13. Instituído pelo Decreto Estadual 43.778/04, ele é o alicerce para criação de todas as estruturas integradas hoje existentes no Estado, como o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o Observatório de Segurança Pública e as Áreas de Coordenação Integrada de Segurança Pública (Acisps), além das metodologias utilizadas no Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) e na Integração e Gestão de Segurança Pública (Igesp).

Por meio da Superintendência de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, o Sids atua na promoção, articulação e apoio a planos de ações operacionais em cooperação com órgãos de segurança federais, estaduais e municipais. Elas permitem desde a realização de operações, como a Caminhos de Minas, até a monitoração de grandes eventos e a gestão de momentos de crise. O resultado são ações qualificadas na prevenção e repressão à criminalidade violenta. 

Foi a partir do Sids, também, que surgiram  serviços como o Disque Denúncia Unificado, que, no primeiro trimestre deste ano registrou cerca de 110 mil comunicações de crimes por meio de denúncias anônimas; e o Centro Integrado de Atendimento e Despacho (Ciad), unidade que recebeu, nos primeiros três meses de 2021, mais de 1 milhão de chamados para as polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros Militar, pelos números 190, 197 e 193.

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