Caso Deisiele: Polícia Civil prende último suspeito de matar balconista
Está no presídio de Poços de Caldas, Richard Otávio Rodrigues da Silva, de 21 anos, considerado o sexto suspeito de ter participado no assassinato da balconista Deisiele Cássia Roque, de 33 anos. Calibre como é conhecido na facção criminosa foi preso na manhã desta quinta-feira, 5, na casa da mãe dele no Jardim Kennedy I. O rapaz estava dormindo e não resistiu à prisão.
Calibre estava escondido em Guarulhos-SP durante alguns dias. A investigação descobriu que ele havia voltado para Poços e durante novas diligências a equipe da Polícia Civil foi até a casa da mãe dele, na Rua Magnesita. De posse de um mandado os investigadores tiveram que pular um muro de aproximadamente 6 metros para entrar no imóvel. Calibre é irmão de Sara Cristina Rodrigues, de 28 anos, presa na semana passada juntamente com mais dois suspeitos.
O mandado de prisão temporária é de 30 dias e pode ser convertido em prisão preventiva ao fim do prazo. Ele foi encaminhado à delegacia, onde exerceu seu direito de ficar calado em depoimento, embora tenha confirmado sua presença durante a execução da balconista.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontam que Richard participou do julgamento e da execução da balconista. Segundo a Polícia Civil ele é um dos um dos autores dos principais golpes de faca que mataram Deisiele.
Participaram da ação os investigadores Bárbara, Douglas, Nicole e Sinval, comandados pelo delegado Cleyson Rodrigo Brene.
Na semana passada com a prisão dos 3 suspeitos, o inquérito estava praticamente concluído, independente da prisão do último envolvido. Elaine Nascimento Coelho, de 28 anos, presa no início das investigações seria solta na semana passada. A decisão foi tomada depois que a Polícia Civil concluiu que ela não teve participação direta no homicídio. Ela teria participado apenas do primeiro dia do julgamento da vítima, quando as discussões estavam direcionadas para a cobrança dos R$ 6 mil.
Entenda o caso:
Deisiele de Cássia Roque foi vítima da própria trama, quando tentou se passar por integrante de uma facção criminosa e fez a amiga Mislaine de Silva Lima acreditar que namorava um detento e o mesmo passou a pedir dinheiro para a namorada para que tivesse regalias dentro do presídio onde estava preso. Deisiele chegou a receber R$ 6 mil reais da amiga.
Após descobrir que tudo era armação da amiga, Mislaine levou o caso ao conhecimento de verdadeiros integrantes da organização criminosa que realizou uma espécie de julgamento, sentenciando a balconista à morte.
Mislaine chegou a enviar uma mensagem falsa para a família da balconista dizendo que estava morando no interior de São Paulo e depois não fez mais contato, levando os familiares a acreditarem que ela havia desaparecido. Porém a vítima havia sido morta desde o dia 21 de junho, 4 dias depois da última mensagem enviada à família.