Auxiliar de serviços acusada de injúria racial é afastada das funções
A auxiliar de serviços acusada de ter cometido injúria racial contra a colega de trabalho, Priscila Cristina Martins, de 29 anos foi afastada das funções até que o caso seja apurado. O Banco do Brasil, onde as duas mulheres trabalham para uma empresa terceirizada, se manifestou por meio de uma nota oficial.
Em nota emitida nesta segunda-feira, 30, o Banco do Brasil esclarece que o caso reportado à Polícia não ocorreu dentro da agência, mas em ambientes externos entre duas funcionárias terceirizadas.
O Banco ressalta que não compactua com atitudes de desrespeito à dignidade, à igualdade, à diversidade e à privacidade das pessoas.
Ainda segundo o banco, a ocorrência registrada na agência está sendo apurada e a prestadora de serviço terceirizada envolvida no episódio foi afastada das suas funções.
O Banco do Brasil finaliza a nota lamentando o episódio e informa que investe permanentemente no treinamento de seus funcionários e colaboradores terceirizados, valorizando a diversidade e respeito à igualdade.
Na última sexta-feira, 27, o delegado José Armando Ferraz, titular da 4ª Delegacia de Polícia Civil de Poços de Caldas instaurou um inquérito para apurar o crime de injúria racial cometido contra uma auxiliar de serviços gerais de 29 anos.
O crime foi cometido, na última quarta-feira por uma colega de trabalho dentro de uma agência do Banco do Brasil da Rua Assis Figueiredo.
De acordo com Priscila, a injúria racial foi cometida no momento em que a colega de trabalho se referiu à forma com que a vítima havia limpado o chão da agência bancária. “Olha o trabalho de preto da Priscila. O chão está sujo igual a sua cor”, relatou a auxiliar de serviços gerais.
Ainda de acordo com a vítima, como nem o banco e nem a empresa GRS Terceirização não haviam se manifestado a respeito, Priscila registrou um boletim de ocorrência junto à Polícia Militar.
Nota de repúdio
O CONEP – Coletivo Negro de Poços de Caldas emitiu uma nota de repúdio contra a agência do Banco do Brasil e a GRS Terceirização pela falta de atitude e cobrando providências sobre o caso.
O Centro Cultural Afro-Brasileiro Chico Rei, organização social que atua no enfrentamento ao racismo e as desigualdades étnico-raciais, também emitiu uma carta de repudio e de apoio à vítima.
Também nesta terça-feira, 31 será realizada uma manifestação contra o preconceito e racismo. O ato tem início às 15h na Câmara Municipal e depois segue para a porta da agência bancária na Rua Assis Figueiredo.
