Câmara recebe projeto do Plano Diretor em novembro
O projeto do Plano Diretor de Poços de Caldas será encaminhado para a Câmara Municipal no mês de novembro. O projeto foi amplamente discutido durante a audiência pública realizada no úlitimo dia 16 no Espaço Cultural da Urca que contou com a presença de representantes de entidades, engenheiros, arquitetos, ambientalistas, corporadoras e empresários.
O plano diretor de Poços é uma lei de 1994 que passou por revisão em 2006 e desde então nunca mais foi mexido. A lei determina que ele deve ser revisto de 10 em 10 anos. “ Fico feliz da gente, nesta gestão, estar conseguindo revisar e propor normas que orientarão o desenvolvimento da cidade para os próximos anos. Essa é a lei mais importante para o município, porque desdobra em impactos ambiental, social e econômico”, salientou o secretário de Planejamento, Tiago Cavelagna .
Por cerca de uma hora o projeto do novo plano diretor da cidade foi apresentado pelo secretário que mostrou a ideia de expansão e urbanização ser direcionada mais para a zona oeste de Poços, que fica na região próxima ao shopping. Além disso, o projeto traz como objetivos a melhoria na mobilidade urbana, a garantia de saneamento básico em toda a cidade, a criação de corredores ecológicos para manter a biodiversidade e a preservação de mananciais. “ O plano diretor apresentado visa ainda uma proteção especial no entorno da Serra de São Domingos e represa do Bortolan”, explicou Cavelagna.
Muitas pessoas participaram com pontuações importantes que serão analisadas para depois serem incorporadas ao projeto que será encaminhado aos vereadores. “Pedimos uma atenção especial no que diz respeito à mobilidade, inundações e habitação social”, ressaltou o arquiteto Mário Carvão, da Associação Poços Sustentável.
O engenheiro Nélson Damázio Ferreira, representando a Associação Sul Mineira de Engenharia e Agronomia, e também o Crea – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, salientou que as duas entidades apoiam o projeto apresentado pela prefeitura. “ As diretrizes de edificações que em algumas áreas restringe e em outras amplia área construída e altura, e a descentralização tão necessária, são pontos importantes, afinal, o plano diretor é a principal lei urbanística de um município”, lembrou Nélson.
O prefeito Sérgio Azevedo e o promotor público Sidnei Boccia acompanharam a audiência. Assim que as modificações cabíveis forem feitas no projeto, ele segue para a Câmara. “Devemos encaminhar para apreciação dos vereadores até o início de novembro. E o que sugeri aqui, aos que estiveram presente, foi a criação de uma comissão interna para termos transparência e trabalharmos de forma democrática. A lei é densa, técnica e vai exigir dedicação de toda a Câmara”, concluiu Tiago Cavelagna, secretário municipal de Planejamento.