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Carta escrita por Santos Dumont durante visita a Poços de Caldas é recuperada pelo Ministério Público

A carta e outros 21 documentos foram entregues ao Arquivo Público Mineiro (APM) pela Coordenadoria de Proteção ao Patrimônio Cultural (CPPC) – foto MPMG

O Arquivo Público Mineiro (APM) passou a contar com um documento preciosismo para a história do País e do Mundo. Uma carta escrita pelo mineiro Alberto Santos Dumont, o pai da aviação, quando ele fazia uma visita a Poços de Caldas-Mg foi recuperada pelo Ministério Público de Minas Gerais.

A carta foi escrita de próprio cunho por Santos Dumont no outono de 1919, mais precisamente em 28 de março daquele ano,  estava na posse de particulares e agora voltou para o patrimônio público.

Na carta, Santos Dumont  agradece a um amigo pelo empenho de ter se ocupado da doação da casa onde ele nasceu na cidade que hoje leva o seu nome.

Atualmente no local funciona o Museu Cabangu, que reúne a mais completa coleção sobre a obra do aviador e para onde o MPMG sugere que o documento seja encaminhado.

A carta faz parte de um conjunto de 22 documentos  históricos que foram recuperados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e entregues ao Arquivo Público Mineiro (APM) durante uma solenidade no final de março deste ano.

Esses documentos chegaram ao MPMG de diversas formas:  A carta de Santos Dumont e outra  carta de 1810, em que D. João VI, príncipe regente do Brasil, concede uma promoção militar a uma pessoa determinada do Batalhão do Rio Grande. D. João VI assina a circular como “O Príncipe”,  foram doados por uma família por meio da campanha Boa Fé, um foi recuperado graças a uma denúncia enviada ao Sistema Sondar e 19 foram obtidos em apreensões durante uma operação realizada pelo MPMG, em Brasília.

De acordo com o jornalista e historiador, Roberto Tereziano, Santos Dumont tinha uma grande ligação com Poços de Caldas. O cientista e inventor frenquentava a cidade sulfurosa desde o início de 1919 para visitar o tio, Marçal  Santos, empresário e fazendeiro, casado com uma descendente de uma das tradicionais famílias da cidade, os Junquerias.

Sondar 

Um dos papéis entregue ao Arquivo Público Mineiro foi fruto recuperado graças a uma denúncia registrada, em 2023, no Sondar, sistema de resgate de bens culturais extraviados desenvolvido pelo MPMG. Trata-se do “Alvará impresso Rei Dom José I de Portugal referente a licença para fabricação de folhetas para a cravação de diamantes”, que estava anunciado em um leilão.

Após ser notificado, o leiloeiro entregou o documento ao MPMG. De acordo com avaliação da equipe técnica da Coordenadoria de Proteção ao Patrimônio Cultural do Ministério Público, “o alvará menciona expressamente o Brasil, evidenciando as severas restrições metropolitanas impostas a partir da descoberta de diamantes, sobretudo no Distrito Diamantino”, informação que constata a historicidade e a relação com Minas Gerais. Segundo análise da CPPC, como foi produzido por órgão público e antes do período monárquico, o alvará não pode ser comercializado e deve retornar à fruição coletiva.

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