Polícia

Caso Yago: pais do bebê são indiciados por homicídio qualificado

Os pais do bebê Yago de apenas 3 meses, Alexandre Mantonholi e Ana Carolina Lourenço Cândido foram indiciados pela Polícia Civil de Andradas por homicídio qualificado. O indiciamento ocorreu com o encerramento do inquérito que apurou a causa da morte da criança, vítima de espancamento.

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Fabiano Roberto Mazzarotto, o inquérito foi encaminhado para a Justiça que vai dar andamento agora ao processo. Se condenados o casal pode pegar entre 12 e 30 anos de prisão.

Se condenados os pais podem pegar de 12 a 30 anos de prisão – foto redes sociais

A reconstituição do crime realizada dois dias depois da morte da criança ajudou na conclusão da autoria do espancamento. Na cena do crime a polícia descobriu que as agressões começaram na sala do imóvel. A criança que chorava muito por causa de cólicas foi jogada com força no braço do sofá pelo pai. Depois ela foi jogada novamente no berço. A violência foi tanta que o estrado quebrou. O pai também deu tapas e joelhadas na criança. Tanto pai que executou as agressões e a mãe, foram os responsáveis pela morte do pequeno Yago.

O casal que está preso desde o dia 27 de março, foi transferido na última quarta-feira, 3, para presídios da região metropolitana de Belo Horizonte, onde devem aguardar pelo julgamento.

Com o encerramento do inquérito do homicídio, a Polícia Civil deve dar andamento às investigações que apuraram a forma como o bebê foi atendido pela equipe do pronto socorro da Santa Casa de Andradas. O caso só veio à tona depois que o agente funerário, Leandro Henrique Antonietto Ferraz, se recusou a preparar a criança para o sepultamento depois que desconfiou das lesões pelo corpo do bebê. Foi o agente quem chamou a PM.

A necropsia realizada no IML de Poços de Caldas constatou que as lesões eram compatíveis com espancamento, o que teria provocado a morte do bebê.

Relembre o caso: A morte do bebê aconteceu na madrugada desta quarta-feira, 27 de março, em Andradas. Um agente funerário se recusou a preparar o corpo de um bebê de apenas 3 meses de idade para o velório, depois de suspeitar que a criança pudesse ter sido vítima de maus tratos. O agente constatou indícios de lesões na cabeça e no tórax do bebê. A Polícia Militar foi chamada e os pais foram ouvidos. De acordo com a Polícia Militar, uma equipe do SAMU foi acionada por volta de 1h30 da manhã depois que a mãe da criança, de 19 anos, observou que o filho não estava respirando. A mãe contou aos militares que estranhou o fato da criança não chorar para mamar e foi ver o que estava acontecendo e constatou que o bebê não respirava. Em contato com o SAMU, a mãe foi orientada a fazer massagem cardíaca até a chegada da equipe no sítio onde a família mora. Enquanto isso o pai, de 23 anos, aguardava na estrada pelo socorro. A criança foi levada imediatamente para o Pronto Socorro, mas não resistiu e morreu. O médico do plantão relatou que não percebeu nenhuma lesão na criança e que ficou sabendo do fato após o contato do agente funerário. Ao serem questionados sobre os indícios de lesões, os pais contaram que na última quarta-feira, 20, a criança se feriu no momento em que a mãe penteava o cabelo do bebê a ponta do pente quebrou e a garra causou uma pequena lesão na cabeça da criança. O caso foi levado ao delegado de plantão e o corpo da criança foi levado para o IML de Poços de Caldas para apurar a causa da morte do bebê.

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