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COVID-19: Pesquisadores da UNIFAL testam composto que poderá controlar a infecção causada pela doença

Encontrar um tratamento que seja eficaz para reduzir a infecção causada pela Covid-19 e, consequentemente, controlar os sintomas da doença no corpo humano, é o objetivo de um estudo que está sendo desenvolvido por pesquisadores da UNIFAL-MG em colaboração com a UFSJ e a UFMG.

Pesquisadora envolvida no estudo realiza ensaios de avaliação do efeito das biomoléculas em cultura de células de pulmão no laboratório de pesquisa do Departamento de Bioquímica da UNIFAL-MG – foto equipe de pesquisa Unifal

A pesquisa consiste na busca de um medicamento de múltipla ação contra a doença, tendo em vista que há casos complexos que requerem várias drogas, o que impacta diretamente na dificuldade populacional de acesso ao tratamento.

Caracterização in vitro das biomoléculas para estimativa de doses efetivas realizada no laboratório de pesquisa do Departamento de Bioquímica da UNIFAL-MG. “O tratamento da Covid-19, especialmente para aqueles casos de síndrome aguda respiratória grave, deve contemplar além do controle dos sintomas, o controle da resposta imune do hospedeiro, o controle da replicação do vírus – impedindo que o vírus infecte novas células no organismo -, a prevenção de infecções secundárias, por exemplo, novas pneumonias bacterianas, além do controle dos danos do organismo causado pelo vírus”, explica a professora Marina Quádrio Raposo Branco Rodrigues, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da UNIFAL-MG, coordenadora da pesquisa.

O projeto de pesquisa foi aprovado na Chamada de Projetos e Ações de Pesquisa e Inovação para o Enfrentamento à Covid-19, lançada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da UNIFAL-MG e conta aproximadamente com R$ 150 mil para desenvolvimento.

Conforme os pesquisadores, a ideia do estudo surgiu a partir de informações científicas sobre a estrutura do vírus, quando observaram a possibilidade de usar moléculas produzidas em laboratório como agentes com potencial de múltipla ação para o tratamento da doença. Segundo eles, como o vírus atua de forma sistêmica e afeta, principalmente, as células do pulmão, o composto pretende agir diretamente contra o vírus e na resposta que o próprio organismo tem frente a esse vírus, o que combaterá a ação do vírus, impedindo sua proliferação.

O plano de trabalho da equipe envolve três etapas. Na primeira, as moléculas são produzidas na UFSJ, a partir de proteínas isoladas da semente de duas plantas e substâncias bioativas das bactérias. Em seguida, são encaminhadas para a UNIFAL-MG, onde são caracterizadas quanto ao efeito sob células pulmonares e ao efeito sob membranas que mimetizam o vírus. “A melhor combinação de biomoléculas será então enviada para a UFMG para o último teste sobre a infectividade do coronavírus”, afirma Profa. Marina sobre a terceira etapa, informando que parte das moléculas a serem testadas já foram produzidas na UFSJ e estão em fase inicial de testes na UNIFAL-MG.

Segundo a pesquisadora, o projeto tem expectativa de indicar um medicamento para testes em animais em 12 meses. Com os resultados positivos, será mais uma alternativa de tratamento para Covid-19.

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