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DEER instala nova placa para evitar atropelamentos de animais na BR 267

Uma equipe do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais – DEER instalou uma nova placa de sinalização alertando os motoristas sobre a travessia de animais silvestres na altura do Km 532 no sentido Poços de Caldas a Águas da Prata. O novo equipamento substitui uma placa que foi furtada no mês passado.

Nova placa foi instalada no lugar da que foi furtada – foto DEER

Coincidência ou não, após o furto alguns animais morreram depois de serem atropelados no trecho. O caso mais recente foi o de um lobo-guará na noite deste domingo, 27, próximo ao Campus da Unifal.

Os atropelamentos de animais naquele trecho foi um dos principais assuntos discutidos ontem entre os integrantes do Grupo Amigos do Meio Ambiente e Resgatando Poços, que defendem a instalação de travessias subterrâneas ou passagens elevadas ao longo das rodovias, principalmente a BR 267, onde foram registrados os atropelamentos.

As travessias subterrâneas e passagens já são uma realidade em algumas rodovias, mas o número ainda é bem além do ideal.

De acordo com levantamentos realizados pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), que está instalado na Universidade Federal de Lavras, junto ao Departamento de Biologia, mais de 15 animais morrem nas estradas brasileiras a cada segundo. Diariamente, devem morrer mais de 1,3 milhões de animais e ao final de um ano, até 475 milhões de animais selvagens são atropelados no Brasil.

De acordo com os pesquisadores do CBEE, estes números são tão assombrosos porque a grande maioria dos animais mortos por atropelamento é pequenos vertebrados, como sapos, pequenas aves, cobras, entre outros.

A estimativa é que morrem aproximadamente 430 milhões de pequenos animais. O restante dos 45 milhões se dividem em 40 milhões de animais de médio porte (p.ex. gambás, lebres, macacos) e 5 milhões são de grande porte (p.ex. onça-parda, lobos-guarás, onça-pintadas, antas, capivaras).

Os números aqui apresentados, apesar de elevados, são baseados em um estudo que considerou 14 artigos científicos publicados em diferentes revistas brasileiras e que foram realizados em vários biomas. A partir destes artigos, o CBEE calculou uma taxa de atropelamento médio para o Brasil.

Como a maioria dos trabalhos brasileiros são realizados em rodovias federais de pista simples, a taxa calculada foi usada como referência para este tipo de rodovia. Rodovias estaduais e municipais, assim como estradas de terra tiveram taxas de atropelamento menores.

Os valores também levam em conta o número de veículos registrados em cada estado em relação a sua área.

O CBEE criou um atropelômetro no site, que faz a estimativa em tempo real o número de vertebrados terrestres silvestres mortos por atropelamento nas rodovias brasileiras.

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