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Ex-superintendente da Santa casa nega ter deixado dívidas na Santa Casa

O ex-superintendente da Santa Casa, Azér Zenun reuniu a imprensa na manhã desta quarta-feira, 5, para esclarecer a exoneração dele do cargo, determinada pelo provedor em exercício, Marcos Carvalho Dias.

Ex-superintendente rebateu críticas e negou ter deixado dívidas no hospital

A demissão foi comunicada na última sexta-feira, 31, e pegou os funcionários do hospital e o próprio Zenun de surpresa.

Durante a entrevista coletiva o ex-superintendente rebateu as críticas do atual provedor e disse que agiu de forma arbitrária, devido uma divergência na criação de um cargo de diretora na administração do hospital. Segundo Zenun, como não concordou com a indicação feita pelo provedor por acreditar que a pessoa não era capacitada para o determinado cargo, desde então os atritos foram inevitáveis. Além disso a criação de qualquer cargo deveria passar primeiro pela Irmandade da Santa Casa, segundo o estatuto da instituição.

Assim que assumiu como provedor interino na última sexta-feira, 31, uma das medidas tomadas por Marcos Carvalho Dias foi a exoneração de Zenun, sem mesmo que a Irmandade fosse consultada. “Fui pego de surpresa com a decisão unilateral do provedor interino e somente na segunda-feira, a Irmandade foi comunicada da minha exoneração,” destacou Zenun.

Após a exoneração do ex-superintendente foram emitidas duas notas oficiais assinadas pelo provedor em exercício.

Na segunda nota o provedor começa dizendo que há 37 anos, coopera voluntariamente como membro ativo da Irmandade, já tendo acompanhado a gestão de diversas pessoas que por lá passaram, o último deles o Sr. Azér, um homem de bem, de boas intenções, amável no trato, habilidoso para administrar conflitos, porém, que não conseguiu obter êxito na resolutividade dos problemas recorrentes da Santa Casa

Segundo a nota emitida, a instituição ainda passa por problemas financeiros. Em 2019 foi necessário a autorização para um empréstimo bancário de R$ 15 milhões para saldar empréstimos anteriores, fornecedores e os salários de médicos.

Zenun rebateu a informação sobre a dívida, segundo ele dos R$ 15 milhões, R$ 5 milhões eram referente à dívidas de antes de assumir a administração do hospital e foram usados para pagar os salários dos médicos.

Do empréstimo realizado no ano passado, R$ 3,6 milhões deveriam ter sido aplicados na reforma das suítes do hospital, porém o Zenun disse desconhecer esta reforma, uma vez que não teria sido citada em reunião e que as suítes estão desativadas há 9 anos após uma reforma da UTI e não foi possível encaixar a reforma em um projeto.

Sobre ter contratado mais funcionários, aumentando ainda mais as despesas, o ex-superintendente disse que as contratações foram necessárias e passaram pela aprovação da Irmandade. Segundo Zenun durante sua gestão foram contratadas 97 pessoas a maioria para o setor de enfermagem, pois o hospital já havia sido notificado pelo Conselho Regional de Enfermagem e recebeu duas multas no valor total de R$ 1.100,00 por falta de pagamento de horas extras. O hospital ainda está recorrendo da  última multa no valor de R$ 300 mil.

De acordo com o ex-superintendente, um dos setores que carecia de enfermeiras era a maternidade que realiza em média 180 partos por mês.

Zenun disse ter todas as planilhas e documentos, que comprovam a seriedade de sua gestão. Ao final da coletiva disse temer pela segurança dele e da família e por isso, mesmo não sofrendo nenhum tipo de ameaça iria solicitar proteção à policia e solicitou ao Ministério Público que analisasse a atual situação da Santa Casa.

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