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Festival Estudantil de Teatro tem início com homenagem à atriz Larissa Garcia

A cortina carmim do Benigno Gaiga – o palco maior das artes cênicas de Poços de Caldas – já se abriu para receber o futuro do teatro poços-caldense. Na manhã desta quarta-feira (1º), teve início o Festival Estudantil de Teatro 2023, o tradicional FET, que chega à sua 32ª edição.

Neste ano, o FET vai reunir 33 apresentações, que tiveram início nesta quarta-feira e seguem nos dias 7, 8, 9 e 10 de novembro, com entrada gratuita. Mostra teatral de caráter não competitivo, o FET tem por objetivo incentivar o trabalho artístico e educacional, fomentar a prática teatral de forma cooperativa, incentivar o protagonismo estudantil e estimular o interesse e o entusiasmo pelas artes cênicas entre os estudantes, professores e comunidades escolares.

O FET é uma mostra teatral com alunos se revezando nos palcos e na plateia. Presente à abertura, o vice-prefeito Júlio César de Freitas destacou a importância dessa vivência para cada um dos participantes. “Que cada estudante aqui hoje possa ser ver como protagonista da própria vida e que possa, no dia a dia nas escolas, se olhar, se respeitar e sonhar juntos um mundo e uma Poços melhor”, disse.

O Festival Estudantil de Teatro é uma realização da Secretaria Municipal de Educação, por meio da Divisão de Projetos e Educação Complementar. “É uma grande satisfação ver o teatro lotado de estudantes que vêm se divertir, se emocionar e aprender um pouco sobre o mundo mágico da arte”, avaliou a coordenadora da Divisão de Projetos, Letícia Borges.

Abertura


A abertura foi marcada pela homenagem à atriz e diretora Larissa Garcia, uma das fundadoras da Cia. de Teatro Conscius Dementia, que faleceu no dia 10 de outubro, aos 35 anos, em decorrência de um câncer.

Larissa era uma das arte-educadoras selecionadas para atuar na montagem e ensaios nas unidades escolares, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, que, desde 2022, visa proporcionar para as escolas e alunos uma experiência diferenciada sobre a produção das apresentações culturais.

“Esta 32ª edição do Festival Estudantil de Teatro é inteiramente dedicada à Larissa Garcia, não só por sua sólida carreira nas artes cênicas, mas principalmente pelo seu legado de amor e dedicação à arte. Larissa já brilha em outros palcos e, certamente, está feliz em ver a centelha do teatro em todos os rostinhos aqui hoje, tanto nos estudantes-atores como nos estudante-espectadores”, destacou o secretário municipal de Cultura, Gustavo Dutra.

Em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, foram contratados para atuar, de forma remunerada, na montagem, ensaios e demais processos necessários junto às escolas da rede pública de ensino para as apresentações no 32º FET, os profissionais artísticos Nando Gonçalves, Adriano Mesquita, Clisthenis Betti, Dema Mello, Guilherme Teixeira, Gabriela Severini, Danielle Marques, Évila dos Anjos, Gabriel Figueiredo, Lívia Peres D’Angelo, Juliana de Almeida, Dani Silva, Valber Rodrigues, Guilherme Pereira, Camila Ribeiro e Leidy Nara.

História


A secretária municipal de Educação, Maria Helena Braga, relembrou a criação do Festival Estudantil de Teatro, em 1990, e os ideais que motivaram a implantação de uma iniciativa que unisse artes cênicas e educação.

Gestado no berço do setor cultural e pedagógico da então Secretaria Municipal de Educação e Cultura, o FET trazia a proposta de investir nas artes cênicas estudantis, dando visibilidade ao trabalho teatral realizado nas escolas de Poços. O secretário era o professor José Castro de Araújo, personalidade relevante da educação pública poços-caldense.

Desde 2010, os grupos participantes do FET passaram a receber o troféu que leva o nome de um dos grandes atores de Poços de Caldas, o saudoso Luís Fernando Frizzo. Fernandinho Frizzo, como era conhecido, figura de personalidade forte e humor refinado, foi um talento ímpar muito importante para a história do teatro na cidade.

Fez parte do Grupo de Teatro Alvorada, criado por Benigno Giordano Gaiga, em 1966. Posteriormente, com o falecimento do fundador, a trupe passou a ser dirigida pela icônica Nicionelly de Carvalho, tendo o nome alterado para Teatro Alvorada Grupo Benigno Gaiga, que nomeia também o teatro da Urca desde 1980. Frizzo foi muito atuante nas décadas de 70, 80 e 90, como produtor, ator e diretor. Alguns trabalhos foram Pedreira das Almas, Próxima Vítima, Dona Xepa, O Santo Inquérito, Velório à Brasileira, entre outros. Fernandinho Frizzo encenou seu último ato em 2001, quando nos deixou. – fonte e texto Carolina Barbosa/Secom

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