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Ministério Público de Minas Gerais quer que Mancha Alviverde seja banida dos estádios

ônibus incendiado na Fernão Dias
No último domingo, 27, torcedores do Palmeiras atacaram dois ônibus de torcedores do Cruzeiro na Fernão Dias. Um torcedor cruzeirense morreu na emboscada – foto PRF

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) expediu nesta quinta-feira, dia 30 de outubro, uma Recomendação à Federação Mineira de Futebol (FMF) e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o banimento temporário da torcida organizada Mancha Alviverde, da Sociedade Esportiva Palmeiras, pelo período de dois anos.

No documento, o promotor de Justiça da 14ª Promotoria de Defesa do Consumidor do Procon-MG, Fernando Abreu, pede que a medida cautelar seja adotada em âmbito nacional, já que, segundo o promotor, o risco não se restringe a Minas Gerais. A medida recomenda que seja proibido o uso, porte e exibição de qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou qualquer objeto que possa caracterizar a presença da torcida nos estádios e no entorno em dias de jogo.

A medida cautelar é uma estratégia para tentar evitar novos ataques, como o que aconteceu na Rodovia Fernão Dias, em São Paulo, no dia 27 de outubro. Segundo a Polícia Federal, os palmeirenses usaram pedaços de madeira e fogo para atacar os cruzeirenses que estavam em dois ônibus. Um veículo foi incendiado e outro teve os vidros quebrados. Ao todo, 17 torcedores ficaram feridos, quatro em estado grave. José Victor Miranda, de 30 anos, morreu no local.

“É fato público e notório que as desavenças entre as torcidas organizadas vêm, ao longo dos anos, causando severos transtornos à ordem pública e insegurança à sociedade, pois a escalada do conflito não cede, mesmo diante das reiteradas punições administrativas às referidas entidades. O problema, portanto, ultrapassa os limites da violência desportiva, necessitando de atuação estatal típica de combate à criminalidade organizada”, afirma o promotor.

No documento que recomenda o banimento da torcida organizada do Palmeiras, o promotor de Justiça Fernando Abreu também cobra a criação do cadastro nacional de torcedores suspensos ou impedidos de frequentar eventos esportivos. Além disso, o promotor pede que os clubes de futebol e sociedades anônimas do futebol adotem procedimentos internos para que torcidas organizadas associadas à prática de violência sejam proibidas de usar o símbolo/escudo, a fim de evitar sanções na esfera desportiva, haja vista a responsabilidade civil objetiva prevista na Lei Geral do Esporte.

A Federação Mineira de Futebol tem 72 horas para analisar e decidir se vai seguir a Recomendação do Ministério Público de Minas Gerais. – fonte Assessoria Integrada de Comunicação do MPMG

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