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Pais de bebê, vítima de espancamento, são transferidos

Os pais do pequeno Yago de apenas 3 meses, que foi espancado pelo próprio pai na semana passada em Andradas, foram transferidos na manhã desta quarta-feira, 3, para presídios da região metropolitana de Belo Horizonte. O pai Alexandre Mantonholi, de 23 anos e a mãe, Ana Carolina Lourenço Cândido, de 19 anos, passaram por exame de corpo de delito no fim da madrugada na UPA de Poços de Caldas, antes da transferência. Cada um foi para uma unidade diferente, sendo que a mãe para um presídio feminino. Por questão de segurança os nomes da unidades ainda não foram divulgados.
Casal está preso desde o dia da morte do bebê – foto redes sociais
Os dois estavam presos desde a última quarta-feira, 27, após a constatação de que o bebê havia sido vítima de espancamento, o que teria causado múltiplas fraturas e politraumatismos pelo corpo da criança, como foi constatado pela necropsia realizada pela equipe do IML de Poços de Caldas. O c orpo do pequeno Yago só foi encaminhado para o IML depois que o agente funerário de Andradas se recusou a preparar a criança para o sepultamento. O agente percebeu que havia várias lesões no corpinho da criança.

O casal vai responder por homicídio qualificado, maus tratos sendo que a mãe vai responder ainda por omissão.

Na última sexta-feira, 29, a Polícia Civil realizou a reconstituição do crime. Apenas a mãe participou. De acordo com o delegado, Fabiano Mazzarotto,  que preside o inquérito, a mãe contou que as agressões ocorreram na noite de terça-feira, e começaram na sala, onde o bebê foi jogado com força no braço do sofá e depois no quarto onde foi jogado com mais violência no berço que teve o estrado quebrado com o impacto. No dia da prisão a mãe confessou que o pai espancou a criança, pois se estressou com o choro do bebê que sofria de cólicas abdominais. O agressor teria dado tapas no rosto e joelhadas na criança. O espancamento teria durado cerca de 2 horas. Porém a Polícia Civil acredita que os maus tratos tiveram início há pelo menos 40 dias. 

Em entrevista ao Andradas Hoje Regional, o prefeito de Andradas, Rodrigo Aparecido Lopes, informou que uma sindicância foi instaurada para apurar o procedimento no atendimento da criança na Santa Casa, que hoje está sob a intervenção municipal. Será apurada a conduta no atendimento, uma vez que a criança com menos de 1 ano de idade vitima de uma morte súbita teria de ser encaminhada para o IML, de acordo com que determina as regras do controle de mortalidade infantil da cidade.

O Conselho Tutelar da cidade emitiu uma nota informando que atendeu a duas ocorrências na família e que nos dois casos não foram constatados indícios de maus tratos e que na ocasião, os pais foram ouvidos e orientados quanto à saúde e a parte social. Ainda segundo a nota a equipe já prestou depoimento à Polícia Civil.

Entenda o caso:

A morte do bebê aconteceu na madrugada desta quarta-feira, 27, em Andradas. Um agente funerário se recusou a preparar o corpo de um bebê de apenas 3 meses de idade para o velório, depois de suspeitar que a criança poderia ter sido vítima de maus tratos. O agente constatou indícios de lesões na cabeça e no tórax do bebê. A Polícia Militar foi chamada e os pais foram ouvidos. De acordo com a Polícia Militar, uma equipe do SAMU foi acionada por volta de 1h30 da manhã depois que a mãe da criança, de 19 anos, observou que o filho não estava respirando. A mãe contou aos militares que estranhou o fato da criança não chorar para mamar e foi ver o que estava acontecendo e constatou que o bebê não respirava. Em contato com o SAMU, a mãe foi orientada a fazer massagem cardíaca até a chegada da equipe no sítio onde a família mora. Enquanto isso o pai, de 23 anos, aguardava na estrada pelo socorro. A criança foi levada imediatamente para o Pronto Socorro, mas não resistiu e morreu. Porém o agente funerário se recusou a preparar o corpo para o sepultamento, pois percebeu que haviam lesões na criança e chamou a PM. O medico do plantão relatou que não percebeu nenhuma lesão na criança e que ficou sabendo do fato após o contato do agente funerário. Ao serem questionados sobre os indícios de lesões, os pais contaram que na última quarta-feira, 20, a criança se feriu no momento em que a mãe penteava o cabelo do bebê a ponta do pente quebrou e a garra causou uma pequena lesão na cabeça da criança. O caso foi levado ao delegado de plantão e o corpo da criança foi levado para o IML de Poços de Caldas para apurar a causa da morte do bebê.

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