POÇOS E A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
O lugarejo sul mineiro tinha apenas dezessete anos quando acordou sabendo que não tínhamos mais um governo imperial. Havíamos nos transformado em uma republica. A grande mudança política pegou a cidade de surpresa, até porque a visita do imperador D. Pedro II, mesmo já passados alguns anos, ainda estava na memória de Poços de Caldas.
Ainda em 1886 O imperador passou alguns dias na cidade, passeou, inaugurou balneário, deixou um circulo de amizade tão forte que até deu título de nobreza á Antônio Teixeira Diniz que se tornou o Barão do Campo Místico.
Enfim, não éramos mais o Império do Brasil. Havíamos nos transformado na Republica Federativa do Brasil. Era quinze de novembro de 1889. Exigiram que D. Pedro II deixasse o Brasil. Fizeram do Marechal Deodoro da Fonseca presidente da republica.
Ele mesmo foi pego de surpresa com o golpe. Era amigo pessoal de Dom Pedro. Foi lançado um concurso para a escolha do Hino nacional brasileiro. Um concurso para a escolha da nova bandeira e, também foi criada uma listados novos heróis do país.
A bandeira perdeu as referencias ao império, ganhou novo desenho. Ganhou estrelas representando os estados, e o dístico “Ordem e Progresso”, além do hino de Olavo Bilac. Para a escolha do hino chegaram dezenas de candidatos.
O destaque ficou para Joaquim Medeiros e Albuquerque, cujos familiares ainda moram em Poços de Caldas. O hino escolhido não foi o dele. Ganhou a música de Francisco Manuel da Silva e letra de Ozório Duque estrada, cujos familiares, até antes da pandemia, também moravam na Rua Dr. Francisco Faria Lobato, em nossa cidade. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas… Não se perdeu o hino feito por Medeiros e Albuquerque.
Ele se tornou pouco mais em o hino da proclamação da república. “Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós, nas lutas nas tempestades pra que ouçamos vossa voz…
Em Poços, os poucos políticos republicanos decidiram por organizar um evento público pela chegada do novo regime. Foi o primeiro grande evento cívico da cidade.