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Poços poderá ter novamente voo comercial

Depois de 13 anos sem a oferta de voo comercial, Poços de Caldas poderá ter novamente o serviço no município com viagens diretamente para Belo Horizonte.

Estudo para retomada dos voos foi apresentado para Codemig durante reunião na Acia

A possibilidade desta vez está bem próxima de se tornar uma realidade por meio do projeto “Voe Minas Gerais” do governo estadual que desde o ano passado vem implantando o projeto nos municípios do interior do Estado que apresentaram uma demanda para que os voos comerciais fossem implantados.

A reivindicação pela implantação do serviço em Poços de Caldas foi tema de uma reunião na manhã desta terça-feira (21), na sede da Associação Comercial e Industrial de Poços de Caldas, em que um estudo elaborado em parceria com a Acia e a PUC, foi apresentado para a gerente de promoção comercial da Codemig, Edineia Arcanjo Hosken, uma vez que a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais é a responsável pelo Voe Minas.

Durante a reunião que contou com a presença de autoridades e principalmente empresários e comerciantes foi apresentado o funcionamento do projeto que está na 3ª etapa e já tinha Poços de Caldas em seus estudos para uma futura inclusão no projeto.

Lançado no primeiro semestre de 2016, o Voe Minas Gerais visa promover o desenvolvimento econômico regionalizado, proporcionando voos comerciais do interior do estado para a capital e vice-versa, com a redução das distâncias e assim alavancando os negócios regionais e o turismo.

Atualmente 18 cidades já usufruem do projeto. No Sul de Minas Varginha, Pouso Alegre, Lavras e Passos já foram contempladas, ficando de fora Poços de Caldas.

O avião Cessna C208 Caravan utilizado pelo projeto tem capacidade para 9 passageiros – foto divulgação Codemig

A partir do estudo apresentado na reunião de hoje, segundo a gerente de promoção comercial da Codemig, Edineia Arcanjo Hosken, a Companhia fará uma análise da viabilidade de se começar os voos no município, uma vez que as viagens serão feitas por um avião o Cessna C208 Caravan com capacidade para 9 passageiros, sendo que a Codemig subsidia 4 lugares. O restante fica por conta da Acia, juntamente com os órgãos públicos e outras entidades de classe garantir uma demanda de 5 passageiros para os dias e horários que forem definidos para Poços, quando o serviço for implantado.

Para o presidente da Acia, Marcio Roberto de Oliveira, a expectativa é que no máximo dentro de 15 dias a Codemig já tenha um posicionamento para a implantação do projeto, já que da parte do meio empresarial existe um grande interesse para a retomada dos voos para a capital. “A Codemig se colocou à disposição de Poços de Caldas. A única coisa que temos que fazer agora é apresentar uma demanda. A Acia juntamente coma prefeitura vai fazer um levantamento sobre esta demandas sobre os dias e melhor horário de voo para passarmos para a Codemig. Eu acredito que em breve teremos novamente o voo para Belo Horizonte,” declarou o presidente da Acia.

O presidente do sindicato dos hotéis, Waldir Miguel, é mais otimista. Para ele a retomada do voo para Belo Horizonte já é uma realidade uma vez que o interesse é do governo de Minas. Mesmo com a passagem de ida e volta tenha um preço em média de R$ 700,00, o serviço é viável. “Temos que levar em conta custo benefício. Vamos deixar de pegar a BR 381, com um trânsito extremamente pesado e perigoso. Vamos sair de um tráfego de mais de 400 quilômetros e voar em 30, 40 minutos estamos na capital com conforto, já que o pouso é no aeroporto da Pampulha, levando ai meia hora para o embarque e desembarque tanto em Poços como em Belo Horizonte,” destacou o presidente do sindicato dos hotéis que também aposta nos voos para atrair o turista de Belo Horizonte que muitas vezes deixa de vir a Poços por causa da distância.

No final do ano passado o vereador Paulo Tadeu, que também esteve presente na reunião, havia feito uma moção de apelo ao Governo de Minas para que Poços fosse incluída no Voe Minas. O vereador parabenizou a iniciativa da Acia e criticou a forma como foi feita a pesquisa pela Codemig no primeiro estudo, deixando Poços de fora do projeto. “Eu entendo que houve um equívoco nesta pesquisa. Não se faz pesquisa de demanda de voo, de demanda de transporte aéreo na rua. A pesquisa deveria ter sido dirigida a universidades, aos institutos de tecnologia, aos órgão públicos, às entidades de classe, é ai que você vai encontrar a demanda e não na rua. Eu entendo que houve um equívoco até por ignorar o fato que em 2004 Poços de Caldas tinha voo comercial com embarque e desembarque com demanda de 16 passageiros”, concluiu o vereador.

Para o vice-prefeito e também secretário de desenvolvimento econômico e trabalho, Flávio Faria, a volta dos voos comerciais vai impactar diretamente na vinda de mais investimentos para o município, uma vez que Poços oferecendo voos para a capital vai atrair interesse de empresários dispostos a trazer indústrias para o município. “O poder público está sendo o facilitador deste processo juntamente com a Acia. Sem duvida nenhuma num momento de crise que vivemos, onde se precisa fomentar o desenvolvimento econômico, criar uma linha aérea para Poços de Caldas já um grande ponta pé inicial para avançar no estimulo para a vinda de novas empresas em Poços de Caldas”, finalizou o vice-prefeito.

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