Prefeitura inicia teste de limpeza no monotrilho com recursos próprios
A Prefeitura de Poços de Caldas por meio das secretarias municipais de Obras e Serviços Públicos iniciou nesta segunda-feira, 8, um teste para viabilizar a limpeza da estrutura do monotrilho. A expectativa é de que o trabalho possa ser feito com recursos próprios e assim seria dispensada a contratação da empresa que venceu a licitação, que faria o serviço no valor de aproximadamente R$ 800 mil.
O trabalho está sendo feito com um caminhão com cesto aéreo, em que um servidor lava o concreto com jato de água. Também estão sendo caminhões pipa, com capacidade de 6 mil litros cada, que se revezam durante o serviço. De acordo com o secretário municipal de Obras, José Benedito Damião, as equipes das duas secretarias vão realizar o teste de limpeza ao longo da semana. “Vamos avaliar como ficará a limpeza da estrutura. Estamos fazendo testes com equipamentos da secretaria de Obras e de Serviços Públicos e conforme for o resultado, a contratação da empresa que venceu a licitação poderá ser dispensada,” informou o Damião.
A Prefeitura realizou uma licitação para que o serviço de limpeza e pintura fosse feito por uma empresa. A abertura das propostas ocorreu no último dia 13 de abril, porém ainda não foi assinado o contrato de prestação de serviço. A obra de melhoria visa a reativação do equipamento parado há mais de 20 anos.
Questionamentos na Câmara
A contratação de uma empresa para a realização da limpeza e pintura e a própria estrutura do monotrilho foram alvo de pelo menos três questionamentos na Câmara Municipal de autoria dos vereadores Regina Cioffi, Claudiney Marques e Lucas Arruda, assinados e aprovados pela maioria dos parlamentares.
Concessão
Em janeiro de 2019 a concessão do monotrilho foi devolvida ao município pela empresa, que construiu o monotrilho e detinha a concessão por 50 anos.
O monotrilho começou a ser construído em 1981 e foi entrego dez anos depois, porém não chegou a funcionar de forma definitiva. O meio de transporte moderno para época consistia em um projeto de mobilidade urbana ligando a zona oeste a zona sul, além de ser um atrativo turístico. Porém a estrutura não foi concluída, ligando apenas a região central à zona oeste.
Em 2000, o trem descarrilhou e 19 passageiros tiveram de ser resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Desde então o equipamento não foi mais utilizado e a estrutura ficou à mercê da ação do tempo Sem uso em 2003 duas pilastras caíram no rio próximo à ponte que liga o Country Club II na zona oeste.
