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Professores retomam atividades após 3 dias de paralisação

Após a passeata realizada na tarde desta quinta-feira, 17, os professores das redes estadual e municipal de Poços de Caldas voltaram às aulas hoje. Durante 3 dias os servidores da educação participaram da mobilização nacional, onde reivindicavam melhores condições de trabalho, a redução da violência dentro da sala de aula contra os professores e principalmente o cumprimento da lei federal 11.738/08, que prevê o pagamento do piso salarial e jornada de trabalho.

Passeata reunião 700 pessoas nas ruas centrais
Passeata reunião 700 pessoas nas ruas centrais

Segundo a Polícia Militar, a passeata contou com aproximadamente 700 pessoas entre professores, pais de alunos e estudantes. Os manifestantes saíram da Urca percorreram parte da Avenida Francisco Salles e Marechal Deodoro até a sede da Superintendência Regional de Ensino e depois voltaram até a Prefeitura de Poços de Caldas.

Os participantes cantaram o Hino Nacional e em seguiram elegeram uma comissão de 20 integrantes para se reunir com o prefeito Eloísio do Carmo Lourenço no gabinete dele, enquanto isso os servidores aguardavam do lado de foram em concentração.

Segundo a secretária geral do Sindserv, Monica Canto, esta foi a primeira vez que os servidores municipais aderem a paralisação por mais de um dia. “ Na terça-feira, quando começou o movimento pelo menos 30% dos servidores tinham aderido, na quarta eram 42% e ontem pouco mais de 50%. Pelo menos 10 escolas municipais ficaram fechadas e nos centro de educação infantil, a grande maioria das professoras P1 aderiram ao movimento,” destacou a secretária.

Depois de quase uma hora de negociação, a comissão voltou com o prefeito para a porta da prefeitura e divulgou o resultado da conversa. A categoria volta a se reunir na segunda-feira com o Executivo para retomar a discussão do projeto de lei encaminhado para Câmara no segundo semestre do ano passado. O curioso é que o projeto que trazia as mesmas melhorias reivindicadas na mobilização desta semana  acabou sendo retirado de tramitação em virtude de manifestação do próprio Sindicato dos Servidores Municipais.

Já na rede estadual, ficou decidido em assembleia geral na tarde de terça-feira, 16, depois que a Secretaria de Estado de Educação informou que o projeto de reajuste de 11,36% nos salários dos servidores seria protocolado ainda na tarde de terça-feira, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais com pedido de tramitação em regime de urgência. O aumento será retorativo a janeiro deste ano, segundo informou a secretaria.

Para a professora de ciências e biologia, Tais Brasileiro, este é um momento histórico para a educação no município, já que foi a primeira vez que professores da rede estadual e municipal participaram juntos de uma paralisação. Tais que dá aula para o estado e o município, diz que as duas redes apresentam dificuldades, mas a rede municipal oferece melhores condições de trabalho. Apesar da atual situação que vive os professores, Taís não se arrepende da profissão que escolheu com muito amor. “ Eu não nasci para fazer outra coisa, me vejo no momento de fazer a diferença no planeta. É entrar na sala e trabalhar com os meninos, não só na questão científica mas também com a cidadania,” se orgulha a professora que tem 30 anos de magistério.

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