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Árvore cresce sobre estrutura do monotrilho

Os pés de Embaúba crescem na cobertura de duas plataformas do monotrilho – foto Roni Bispo Poçoscom.com

No Dia da Árvore, uma cena que chama atenção sobre duas plataformas do monotrilho, na Avenida João Pinheiro, na zona oeste de Poços de Caldas. Uma árvore da espécie Embaúba está crescendo na cobertura de metal de duas plataformas do monotrilho.

Com a retirada de árvores de outras espécies dentro do projeto de revitalização da Avenida João Pinheiro, as plataformas ficaram mais visíveis e assim, quem passa pela via pode observar os pés da Embaúba crescendo no local.

De acordo com o engenheiro florestal da secretaria municipal de Serviços Públicos, Carlos Batezzini, a Embaúba, é uma espécie invasora e durante o período de florescimento solta uma grande quantidade de sementes que se espalha e cresce nos mais diversos locais. “Trata-se de uma planta que invade qualquer ambiente e se reproduz rapidamente. Ali na cobertura ela está crescendo de foram desordenada. As raízes se espalharam, mas não tem onde se fixarem. Devido ao risco naquela posição, elas devem ser retiradas do local, “explicou o engenheiro florestal.

De acordo com a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embaúba é muito comum na Região Amazônica.  A planta apresenta frequência elevada com dispersão mais ou menos continua e irregular.

E cresce preferencialmente em várzeas e beira de rios sobre terrenos arenosos de boa fertilidade em áreas de derrubadas recentes.

A espécie é considerada invasora e espalha grande quantidade de sementes – foto Roni Bispo Poçoscom.com

A Embaúba pode atingir de 10 a 15 metros de altura, com copa corimbosa, com ramos eretos quase verticilares.

Os frutos são muito procurados por aves e outros animais e as folhas são o alimento principal do bicho-preguiça. A arvore possui atributos ornamentais que a recomendam para o paisagismo.

O ´período de florescimento acontece durante longo período de do ano, predominando em agosto-novembro. Os frutos amadurecem em novembro-fevereiro.(fonte: Embrapa)

Projeto de Revitalização da Avenida João Pinheiro

O corte das árvores na Avenida João Pinheiro teve início em janeiro deste ano pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos no sentido centro-bairro do lado em que fica a estrutura de concreto do monotrilho.

Para cada árvore retirada ao longo da Avenida, a secretaria de Serviços Públicos está plantando duas mudas de espécies adequadas para o paisagismo urbano – foto Roni Bispo

Na ocasião a Secretaria Municipal de Serviços Públicos se baseou em vistorias técnicas realizadas na avenida e devido ao grande porte das árvores, idade avançada, condições estruturais, e do ambiente onde estão localizadas, se apresentaram insustentáveis para a permanência na localidade.

A Secretaria de Serviços Públicos, responsável pelo projeto de revitalização apresentou laudos assinados pelo engenheiro Florestal da Prefeitura, responsável e idealizador do projeto, Carlos Batezzini, que apontaram a necessidade da substituição de algumas espécies.

No documento apresentado à Câmara Municipal consta um inventário de 352 árvores plantadas ao longo da avenida João Pinheiro e Mansur Frayha, a maioria de espécies de grande porte, exóticas e inadequadas para o paisagismo urbano.

Os laudos atestaram que as árvores apresentam risco de queda, como ocorreu no ano passado, atingindo veículos que trafegavam pela pista.

Liminar

Uma liminar concedida no dia 17 de agosto, pelo juiz Carlos Alberto Pereira da Silva, da 4ª Vara Cível da Comarca de Poços determinou que a prefeitura de Poços de Caldas suspendesse o corte de  árvores na Avenida João Pinheiro.

Liminar determinou a suspensão de novos cortes de árvores na avenida – foto Roni Bispo Poçoscom.com

A medida deve ser mantida até o julgamento final da ação ou a revogação da liminar. Caso contrário a prefeitura terá de pagar uma multa de R$ 100 mil por árvore cortada ou suprimida.

A liminar faz parte de uma ação de autoria da ONG Planeta Solidário, em parceria com o Movimento Poços com Árvores, que questiona o projeto de revitalização da Avenida João Pinheiro, que consiste na supressão de árvores,  e que segundo a ONG sem estudos necessários para verificar a viabilidade dos cortes.

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