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Diretor do presídio de Poços é exonerado do cargo

Adriano Souza da Silva não é mais o diretor do presídio de Poços de Caldas. A exoneração dele foi confirmada nesta segunda-feira, 30, pela assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (SEJUSP).

Ex-diretor esteve à frente do presídio por quase 4 anos – foto Poçoscom.com/arquivo

De acordo com a nota enviada ao Poçoscom.com, SEJUSP, informou que a troca na direção da unidade faz parte da rotina de gestão de pessoas do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen MG).

Por enquanto ainda não foi definido o nome de um diretor substituto e nem interino.

O ex-diretor usou as redes sociais para comunicar a saída dele do presídio. Surpreso, ele lamentou exoneração do cargo que ocupou por quase 4 anos, uma vez que vinha fazendo uma boa administração tanto na unidade de Poços quanto à frente da 18ª RISP – Região Integrada de Segurança Pública, onde também era o diretor regional. Na mensagem ele alega que não teve oportunidade de defesa quanto à decisão e criticou a falta de diálogo da Superintendência com a 18ª RISP.

O ex-diretor estava à frente da direção do presídio desde 2016 e simultaneamente também respondia como diretor regional da 18ª Região Integrada de Segurança Pública, sendo responsável pela supervisão de todas as unidades existentes nos 55 municípios compreendidos pela 18ª Região Integrada de Segurança Pública.

O ex-diretor assumiu a unidade após a última rebelião registrada na unidade que resultou na morte de um detento em abril de 2014, depois de inalar fumaça que vinha dos colchões queimados. Um outro detento foi ferido com um tiro na perna. Depois disso a Justiça determinou a interdição do presídio que estava com 280 presos, sendo determinada uma capacidade para 150 detentos. Em abril deste ano, dando sequência à ação de 2014, a Justiça determinou novamente a interdição da unidade que estava com 303 detentos e a capacidade é de apenas 118 presos.

Desde que assumiu a unidade em Poços de Caldas, o ex-diretor vinha implantando uma política mais humanizada voltada para o tratamento dos reeducandos, bem como melhorias no atendimento médico.

No presídio foi instalada uma unidade de saúde básica prisional com um consultório odontológico além de profissionais como médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, farmacêutico, psicólogo, assistente social e assistente jurídico para auxiliar os internos com os processos. E ainda um conjunto administrativo e recursos humanos.

Outro destaque voltado para ressocialização dos reeducandos como medidas que contribuem para a remissão de pena, foi a implantação do projeto de leitura em parceria com a PUC Minas, atividades laborais com artesanato em todas as celas e também o coral feminino.

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