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“Eu gosto deste contato próximo com o público”: Ney Matogrosso já está em Poços e participa de eventos especiais no Flipoços

“Eu gosto deste contato próximo com o público, de sentar e as pessoas me perguntarem coisas. Eu gosto disso e espero que tenha isso aqui, de as pessoas poderem conversar comigo”. Já em Poços de Caldas, o cantor Ney Matogrosso participa do Festival Literário Internacional – Flipoços 2022, na noite desta sexta-feira (9) e na tarde de sábado (10). 

Ney Matogrosso é um dos homenageados pelo Flipoços – foto Lavínia Du Valle

Lançando a biografia escrita pelo jornalista Júlio Maria, o artista participa da mesa “De Secos e Molhados ao furacão Ney Matogrosso – a vida e obra de um dos mais importantes artistas brasileiros”. O evento acontece às 19h desta sexta-feira, no Teatro Benigno Gaiga, no Espaço Cultural da Urca. A participação é reservada ao público que já confirmou presença.

Um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, desta vez Ney Matogrosso sobe ao palco sem banda, sem música e sem os figurinos incríveis, marca registrada de suas performances em mais de 50 anos de carreira. Aos 81 anos, o cantor vem a Poços de Caldas para conversar e interagir com o público, que esgotou rapidamente os ingressos gratuitos disponibilizados pela organização do Flipoços 2022.  

Pela segunda vez em Poços de Caldas, a primeira foi há muito anos para um casamento na cidade, ele recebeu a imprensa na manhã desta sexta-feira (9) para falar sobre “Ney Matogrosso – A biografia”, do jornalista e biógrafo Julio Maria, que passou cinco anos perseguindo a trilha de Ney para contar a história de um dos personagens mais transformadores da cultura do país. “Não tenho nenhum problema, nenhuma restrição a que fale nada de mim, desde que seja verdade. Não sou uma pessoa que vive escondida. Podem falar sobre tudo, só não podem mentir”, destacou o cantor em entrevista para a jornalista Carol Barbosa, da Assessoria de Comunicação da Prefeitura. 

Leitor voraz, o cantor diz que gosta de participar de eventos nos quais pode conversar com as pessoas. “Eu leio de tudo, leio tudo misturado. Eu gosto de ler sobre geologia, gosto de ler sobre plantas, sobre muitas coisas, leio também sobre a escravidão, sobre a descoberta do Brasil, eu gosto de história também. Leio muito, das coisas mais diversas, mais variadas”, conta. 

Caderninho 


Quem acompanha as mais de cinco décadas de carreira de Ney Matogrosso, com 27 álbuns de estúdio e um Grammy Latino honorário, pode não saber que o cantor guarda um caderno e vai anotando o que vê e ouve por aí. “Tenho um caderno em casa que tudo que eu ouço, aonde eu vou, de música brasileira, se eu ouço alguma coisa que eu gosto, eu anoto. Dali daquele caderno já saiu muita coisa. Eu estava no Maranhão, nas brenhas do Maranhão, eu ouvi uma música tocando no rádio, depois eu gravei a música. Eu sou assim, tem coisas que eu ouço e leva muito tempo… Por exemplo, nesse disco que eu fiz agora na pandemia, eu gravei “Unicórnio Azul”, que foi uma música que eu vi o Silvio Rodríguez cantando no Canecão na década de 70. Olha quanto tempo eu fiquei com essa música guardada até o momento que ela pudesse aparecer?! E eu adoro essa música… Então é isso, eu funciono assim, vou anotando tudo que me interessa, tudo que eu gosto e quando eu pretendo fazer um trabalho eu vou ali e defino um roteiro”, revela. 

O disco lançado durante a pandemia é “Nu com a minha música”, pela Sony Music, com 12 canções, cuja primeira parte foi lançada em 1º de agosto de 2021, quando Ney Matogrosso completou seus 80 anos e inclui interpretações intimistas de “Quase um segundo” (Herbert Vianna, 1988), “Espumas ao vento” (Accioly Neto, 1997) e a música-título “Nu com a minha música” (Caetano Veloso, 1981). 

Bloco na Rua


Mais que nunca, Ney Matogrosso está com o “Bloco na Rua”, nome da turnê em cartaz desde 2019, que precisou ser interrompida por conta da pandemia, foi retomada e circula por diversas cidades do país. No show, interpreta músicas como Jardins da Babilônia (Rita Lee), A Maçã (Raul Seixas), O Beco (Os Paralamas do Sucesso), Pavão Mysteriozo (Ednardo) e “Coração Civil” (Milton Nascimento), entre outras canções que só ganharam em importância com a interpretação única de Ney. Questionado se a turnê, que também tem registro em CD, é uma homenagem à grandiosidade da Música Popular Brasileira, ele responde: “Não coloco como uma homenagem, mas como meu prazer de cantar essas músicas”. O prazer é nosso. 

Texto: Carolina Barbosa/Secom – foto Lavínia Du Valle

Serviço


Mesa “De Secos e Molhados ao furacão Ney Matogrosso – a vida e obra de um dos mais importantes artistas brasileiros”, 19h desta sexta-feira, com participação reservada ao público que já confirmou presença. 

Transmissão ao vivo pela internet: https://www.youtube.com/c/feira-flipocos. 

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