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Racismo na infância: exposição desperta a conscientização e debate sobre o racismo

Segue no Shopping de Poços de Caldas a exposição “Criança Negra e sua Representatividade”, promovida pelo projeto Ubuntu Arte e Cultura Preta que busca colaborar para mais diversidade no campo da representatividade contribuindo para que estas crianças fotografadas ampliem sua percepção de futuro, ressiguinificando o que nos apresenta a cultura hegemônica.

Mostra visa combater o racismo na infância e valorizar a beleza negra –foto Poçoscom.com/Roni Bispo

A exposição idealizada pela presidente do Centro de Cultura Afro Brasileira Chico Rei, Lucia Vera, conta com fotografias de Thainá Moreira trazem um olhar realista sobre identidade negra. “Pensando em uma geração que cresceu e, só depois de muito tempo aprendeu a construir sua própria identidade, foi que decidimos fotografar pessoas negras. É muito importante pensarmos na construção desta identidade. Falar sobre o racismo na infância é emergencial, haja visto minhas vivências enquanto militante nos espaços escolares.Se faz urgente a valorização da beleza negra, enquanto instrumento contra o racismo, e isso se potencializa quando naturalizada desde de pequeninos. Não podemos mais classificar como brincadeira de criança, algo que sobremaneira fere, magoa, desestimula o outro.Penso em nossas crianças como futuro e precisamos de um futuro bom menos preconceituoso,” destacou Lucia Vera que também é responsável pelo projeto Ubuntu Arte e Cultura Preta.
Crianças foram fotografadas por Thainá Moreira
A exposição está em um espaço próximo à praça de alimentação. No local também está a mostra Candaces Luta e Resistência, com fotografias de mulheres negras demonstrando a força da mulher negra. “ Queremos que se vejam de forma positiva, empoderada, contribuímos para que se reconheçam nas mais diversas formas e belezas. E fomentando novas atitudes desde a infância, é que vislumbramos possibilidades de transformar o futuro, percebendo a beleza da pluralidade extremamente linda encantadora.  E assim teremos crianças mais preparadas para serem possíveis agentes de transformação social, pois são atores principais de suas histórias, se enxergando em uma beleza negra plena de peculiaridades, tão lindas quanto as outras etnia,” conclui Vera Lúcia.

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