Uncategorized

VIDA DE ESCRAVO

 

md.0000035047

Vejamos como se tratavam os cativos em uma fazenda típica do centro de Minas pelo meado do século passado. (1850)

Fazenda importante a do Major Mascarenhas.

Possuía mais de uma centena de escravos de ambos os sexos. A vida a que estavam ali sujeitos, dando-se crédito ao que nos informa Paulo Tamm, era bem melhor que na maior parte das outras fazendas.

Um sino os despertava antes do romper do sol. Formados em fila no terreiro, eram contados pelo feitor e seus ajudantes, que logo a seguir rezavam uma oração repetida por todos. Distribuída a cada uma a alimentação da manhã, partiam para as lidas da roça e imediatamente homens e mulheres começavam o penoso labor.

Às oito horas chegava o almoço trazido por escravas, composto de feijão cozido com gordura e misturado com farinha de mandioca. Descanso de meia hora e logo continuação da labuta. Às duas horas da tarde vinha o jantar: feijão com angu e couve, o mesmo todos os dias.

Duas vezes por semana um pedaço de carne.

Ao pôr do sol, regresso à fazenda. Passada a revista pelo feitor recebia cada uma a ceia que era um prato de canjica adoçado com rapadura.

 

                                                               Eduardo Frieiro

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site está protegido. Para compartilhar esse conteúdo, por favor utilize as ferramentas de compartilhamento da página.

error: Este site está protegido.