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Passeata pede anulação do julgamento sobre a morte de Alessandra Vaz

Familiares e amigos de Alessandra Vaz realizam neste sábado, 19, uma passeata em repúdio à sentença do julgamento do engenheiro de produção Rodrigo Marotti, condenado a pouco mais de 19 anos pelo crime de incêndio que resultou na morte da artista plástica e da amiga dela Daniela Mousinho, em 2019 em Mury, distrito de Nova Friburgo.

Familiares e amigos das vítimas estão se mobilizando para que o julgamento seja anulado – foto arquivo Lucas Barros/A Voz da Serra

A passeata que tem início às 15h vai percorrer as principais ruas do centro de Poços de Caldas . A concentração será no coreto da Praça Pedro Sanches.

“Temos que ir às ruas pedir por Justiça não só pela Alessandra e Daniela, mas por toras as  mulheres. A sentença do julgamento de Rodrigo Marotti só da mais força para que mais homens assassinem as mulheres. É como se disséssemos: matem as mulheres, queimem as vivas, pois não haverá Justiça.Por isso que a gente precisa ir às ruas e gritar por Justiça para que este júri seja revertido, cancelado e que haja um novo julgamento e ai sim a Justiça seja feita,” enfatiza Andressa Vaz, irmã de Alessandra.

Marotti foi julgado no último dia 8, na 1ª Vara de Nova Friburgo, região serrana do Rio de janeiro. Ao final de 12 horas de julgamento, o júri formado por 4 homens e 3 mulheres, na sua maioria decidiu pela condenação pelo crime de incêndio com resultado morte, sendo desclassificada a acusação de homicídio qualificado e, consequentemente, pelo duplo feminicídio  de  Alessandra Vaz e Daniela Mousinho.

As famílias tanto em Poços de Caldas, como em Nova Friburgo estão se mobilizando para que o julgamento seja cancelado e um novo júri seja realizado, bem como o Ministério Público que também está recorrendo da decisão, por discordar da sentença.

O crime

Na época o ex-namorado de Alessandra, Rodrigo Alves Marotti foi preso momentos depois da tentativa de assassinato. Na fuga Marotti se envolveu em um acidente de trânsito e confessou o crime depois de ser levado para delegacia.

Ele contou à polícia que era sócio da ex-namorada e que se desentenderam devido ao não cumprimento de um acordo entre eles após o fim do relacionamento.

Antes de trancar as duas no banheiro, Marotti atacou Alessandra com golpes de tesoura. Para fugir da ação violenta as amigas correram para o banheiro.

Quando a equipe do Corpo de Bombeiros chegou ao imóvel, as vítimas já tinham sido socorridas por vizinhos. Alessandra teve 80% do corpo queimado e está internada em um hospital particular em Nova Friburgo.

A amiga dela, Daniela Mousinho da Silveira de 47 anos, que teve 90% do corpo queimado, foi transferida  para o Hospital Estadual Melchiades Calazans, em Nilópolis, mas não resistiu e morreu.

Alessandra, que teve 80% do corpo queimado foi internada em estado grave e morreu dias depois.

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