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Todos por Furnas: audiência no Senado discute situação do reservatório

O baixo volume da represa de Furnas foi tema de debate durante uma audiência pública realizada no senado na tarde desta quinta-feira, 5, em Brasília.

A cota mínima ideal para manutenção do volume do lago é de 762 metros – foto divulgação Furnas

Um dos assuntos discutidos foi a questão da cota mínima para o reservatório, que pode ser estabelecida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em até 755 metros, volume muito menor que os 762 reivindicados pelos moradores e empresários dos 39 municípios banhados pelo lago no Sul e Sudoeste de Minas. Atualmente o volume é da represa é de 760 metros.

A situação em que se encontra a represa de Furnas tem sido motivo de muita preocupação com o futuro econômico dos municípios banhados pelo lago, por isso surgiu o movimento “Todos por Furnas”, que tem lutado por melhorias e a manutenção do volume de água na represa. O movimento já conta com mais de 200 mil seguidores nas redes sociais.

O movimento mobilizou autoridades para que fosse realizada a audiência pública no Senado. O encontro contou com a participação de representantes do movimento “Todos por Furnas” e ainda representantes de Furnas Centrais Elétricas, Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Agência Nacional de Águas (ANA), ONS, Ministério Público além de prefeitos.

Segundo Furnas, o atual nível da represa está baixo devido ao abastecimento de outras oito hidrelétricas que ficam à jusante, abaixo do nível da Hidrelétrica de Furnas e pela contribuição para a navegação da Hidrovia Tietê-Paraná.

Furnas informou ainda que cumpre as determinações dos órgãos de regulação e gestão dos setores elétricos e hídricos nacionais. Se a cota mínima exigida de 762 for estabelecida, resultará em consequências como a perda de armazenamento de água para toda a região, a perda de 1.687 megawats médios anuais nas cascatas dos Rio Grande ao Paraná e consequentemente um aumento de tarifa para o consumidor final e ainda danos ambientais para todas as usinas da Bacia do Rio Grande.

Segundo a Agência Nacional de Águas Furnas tem operado dentro dos limites previstos pela outorga, ou seja, Furnas pode operar com o nível de água máximo igual a 768 metros e o nível de água mínimo igual a 750 metros.

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